Guimarães
Guimarães: Poço com vários séculos é abrigo de diferentes espécies de morcegos
Na cultura popular, dizia-se ser um túnel que ligava ao rio Ave
O poço existente na Bouça dos Calouros, em Briteiros São Salvador, Guimarães, que é propriedade da Sociedade Martins Sarmento (SMS), foi vedado ao redor para acautelar eventuais perigos para pessoas e animais, anunciou a entidade, considerando que permitiu resolver um problema de segurança, sem afetar a presença de fauna selvagem numa área florestal.
Em comunicado, a SMS explica que a estrutura se trata de um “poço de visita a um aqueduto subterrâneo, construído possivelmente nos séculos XVIII ou XIX, que drenava água para rega, proveniente de uma ou mais minas”. O mesmo não foi selado porque comporta várias espécies de morcego consideradas como muito importantes para a preservação do habitat.
Estando dissimulado pela vegetação, considerava a SMS que este poço constituía um risco para pessoas e animais, pelo que, numa primeira intervenção, a Altri Florestal, que explora o espaço, cortou a vegetação e alteou o terreno circundante, formando um resguardo provisório.
“Ao constatar-se a presença frequente de morcegos nas imediações, sobretudo a partir do entardecer, foi solicitada ao Laboratório da Paisagem uma monitorização com detetores acústicos; verificou-se que o poço é frequentado por várias espécies, como o morcego-anão (Pipistrellus pipistrellus), mais comum e abundante, e, possivelmente, também pelo morcego-de-savi (Hypsugo savii), o morcego-de-kuhl (Pipistrellus kuhlii) e o morcego-orelhudo-cinzento (Plecotus austriacus)”, é revelado.
Estas espécies de morcegos alimentam-se de insetos voadores, desempenhando um papel ecológico de grande importância, considera a SMS.
Sobre a história do poço, ao atingir uma cota inferior, na Quinta da Cavada, o aqueduto emergia à superfície, sendo formado, a partir daí, por uma caleira apoiada em pilares de granito; é ainda hoje visível, numa extensão de cerca de 100 metros, à margem da estrada entre São Salvador e Santo Estevão de Briteiros, esclarece a sociedade arqueológica.
Revela ainda a SMS que “o poço referido, aberto em época incerta, estará na origem de estórias fantasiosas, de origem popular, sobre a existência de galerias que ligariam a Citânia de Briteiros ao rio Ave”.
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