Mais de uma dezena de funcionários judiciais cumpriu hoje uma hora de paralisação de trabalhos no Tribunal de Guimarães, em busca de um estatuto socioprofissional, uma tabela salarial adequada, o preenchimento integral dos lugares vagos, a inclusão no vencimento do suplemento de recuperação processual e a regularização das situações de progressão profissional.
Este paralisação, convocada pelo Sindicato dos funcionários judiciais, decorreu entre as 10:00 e as 11:00 horas, hora que corresponde “ao tempo de trabalho que deveria ser assegurado pelos trabalhadores em falta em cada período de trabalho”, pode ler-se num panfleto distribuído pelo sindicato.
Os funcionários queixam-se da redução de recursos humanos ao longo dos últimos anos, exemplificando com o decréscimo de 2.431 funcionários entre 2000 e 2019. Atualmente são 6.841 profissionais em funções, número que o sindicato considera muito reduzido, apontando cerca de 1.000 lugares por preencher para que o trabalho possa decorrer normalmente.
Outro problema que afeta a classe é o envelhecimento dos quadros, onde “mais de 68,5% tem idade superior a 50 anos e cerca de 25% tem mais de 60”. Segundo o sindicato, os salários não atraem novos profissionais para o sector, pelo que pedem aumento de salário e uma revisão dos estatutos, que os obriga a “trabalhar sem horários, por vezes” para lá das 02:00 horas da manhã. Queixam-se que esse trabalho não é remunerado e apelidam-no como “escravo”, fazendo referência à situação de tráfico humano em Odemira.