Declarações dos treinadores após o Moreirense – Sporting (1-1), jogo da 25.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas, em Moreira de Cónegos:
Vasco Seabra (treinador do Moreirense): “Foi um jogo muito competitivo, disputado. O Sporting teve mais iniciativa, também proporcionada por nós. Entrámos bem no jogo. Não é fácil criar oportunidades ao Sporting, pois é uma equipa que defende bem. Depois, tivemos o jogo bem controlado a nível da pressão. O Sporting tinha mais bola, mas dificuldades em criar no último terço. Faz golo no primeiro remate à baliza.
Na segunda parte, quisemos pressionar um pouco mais alto. Mantivemos o nível de pressão e não baixámos no terreno. Fomos premiados no final pela entrega da equipa, que se dedica e nunca desiste.
Temos de ter consciência que, pressionando o Sporting mais na emoção do que na razão, é muito difícil fazer o controlo da profundidade. Queríamos pressionar mais forte. Conseguimos recuperar uma série de bolas, mas, às vezes, não tivemos as melhores decisões a sair para a frente. Fomos premiados pela nossa entrega. Mas estávamos a defrontar um adversário muito difícil. Estou muito orgulhoso dos meus jogadores.
Temos um grupo de trabalho que, pela forma como se dedica todos os dias, era impensável não chegarmos ao balneário e não querermos chegar ao lugar que está acima de nós. Os jogadores que entraram mereciam estar no ‘onze’. Os que ficaram de fora também mereciam jogar. Este é um campeonato muito competitivo, com equipas muito equilibradas. Faltam nove finais, muito difíceis. Se pudermos ficar em lugares mais acima, não vamos descurá-los. Acima de tudo, temos de estar focados no nosso trabalho”.
Rúben Amorim (treinador do Sporting): “É claramente injusto o resultado. É assim o futebol. Poderíamos e deveríamos ter feito o segundo golo. Fizemos, mas foi anulado por poucos centímetros. No fim, houve um cruzamento e a bola sobrou para o adversário [Walterson], que fez um excelente golo. Isto já aconteceu a nosso favor. Nesta semana, aconteceu para os nossos adversários. Ainda bem que é assim, até para nos deixarmos da conversa da ‘estrelinha’.
Dominámos o jogo. O Moreirense teve aquela primeira oportunidade em que a bola ressalta no Feddal e abre o espaço para o Rafael [Martins] rematar, mas, de resto, controlámos.
É a nossa forma de jogar [a propósito de uma questão sobre a gestão do jogo pela equipa]. Tentámos abrir a equipa do Moreirense e ganhar espaço. Não conseguimos marcar. Até ao fim, há jogo. Numa oportunidade, o Moreirense foi feliz. Já fizemos isto muitas vezes. Neste jogo, até criámos mais oportunidades do que em certos jogos, mas não conseguimos ganhar. No final, tentámos dar a volta ao resultado, mas já não fomos a tempo.
O Paulinho fez um excelente jogo, já conhece melhor os jogadores e vai melhorar. A exibição mesmo antes do golo comprova que ele é um jogador já maduro, preparado para a pressão. É um jogador que queiramos muito e que nos faz falta. Ele trabalha muito, não só nos golos, mas na forma como defende e como ataca as bolas paradas.
Agora, só temos de vencer o Famalicão. Esse é o pensamento. Eles não têm de se preocupar com mais nada [após questionado sobre o eventual nervosismo que se pode instalar na equipa].
Eu não temia nada [quanto a um resultado que não fosse a vitória]. Ainda se vai perder muitos pontos até ao fim. Vamos defrontar o Famalicão, que não tem perdido. Vamos ter um adversário muito difícil. Esses são os melhores [jogos] para regressarmos aos triunfos.
Ele [Nuno Mendes] saiu porque não conseguia jogar. O lance foi ‘feio’. Está entregue ao departamento médico. A prioridade é recuperá-lo. É um jogador com 18 anos, com o qual é preciso ter cuidado. Se não der, vamos ter outro jogador no lugar dele”.