Um contra-senso. É assim que um contribuinte fiscal classifica a norma das Finanças – afixada, por exemplo, na repartição da rua do Raio, segundo a qual, o organismo não aceita pagamentos em dinheiro de valor superior a 500 euros.
O cidadão, que não quer ser identificado classifica a medida como sendo “ilegal” já que a lei geral permite pagamentos em dinheiro até três mil euros, em caso de compra de bens e serviços. Assim sendo – diz – o fisco contraria a lei geral e obriga o contribuinte a abrir uma conta bancária, mesmo que este a não queira ter.
Sublinha que a norma é recente e que, há dias, quando com ela foi confrontado, teve de ir a casa buscar um cheque, algo que- sustenta – “é uma violência”.
“Ninguém me explica porquê”, acentua, indignado com a situação e com um departamento estatal que “faz o que quer e sobra-lhe tempo em prejuízo do cidadão.
Uma fonte das Finanças locais disse ao O MINHO que a norma “veio de Lisboa, dos serviços centrais, pelo que as repartições só têm de a cumprir”. A explicação possível: “muito dinheiro nos cofres atrai assaltos violentos”.