O festival de música eletrónica e artes digitais Semibreve regressa a Braga, de sexta-feira a domingo, com um cartaz que inclui dez estreias em Portugal, encabeçado por nomes como Deathprod, Valgeir Sigurðsson ou Gas.
Em declarações à Lusa, o diretor artístico do Semibreve, Luís Fernando, destacou a “projeção do festival e a confiança” do público na qualidade do evento explicando que os passes gerais esgotaram em julho, “mesmo antes de se saber o cartaz” da edição de 2017, cujos espetáculos se vão repartir pelo Theatro Circo, gnration, Casa Rolão e Capela Imaculada do Seminário Menor.
A destacar da programação do festival criado em 2011 ao abrigo da Capital Europeia da Juventude Braga 2012, o prémio Semibreve, galardão no valor de 2.500 euros que pretende “premiar e estimular a criação artística digital, dando especial atenção a projetos artísticos que recorram à interatividade, ao som e à imagem”, atribuído ao português Gil Delindro e ao canadiano Adam Basanta, pela instalação “Permafrost“.
“Damos primazia a trazer ao SEMIBREVE nomes, projetos que muito dificilmente se apresentariam em Portugal. A prova disso é que, do cartaz da edição deste ano, em 15 espetáculos dez são estreias no nosso país”, referiu Luis Fernando.
Desta feita, o Semibreve vai permitir a artistas como Deathprod, Gas, Visible Cloaks, Karen Gwyer, Blessed Initiative, Fis, Valgeir Sigurðsson, ou Laurie Spiegel estrearem-se em Portugal.
Para o responsável, à sétima edição do evento é possível notar uma “consolidação da afirmação e relevância” do Semibreve, atestada pela procura de bilhetes para os espetáculos.
“É de realçar que os 450 passes gerais esgotaram já em julho, ainda antes de ser conhecido o cartaz. Isto prova a confiança que o público já tem no evento e o crescimento que tem registado”, disse.
Sendo “muito difícil destacar um espetáculo do cartaz”, Luís Fernandes sublinhou o espetáculo de sexta-feira do músico norte-americano Steve Hauschildt, membro da banda Emeralds e um “veterano na comunidade da música experimental”, que vai ter lugar na Capela Imaculada do Seminário Menor.
Além de espetáculos de música, o Semibreve inclui conversas e oficinas com artistas como o músico e compositor australiano Lawrence English, no Mosteiro de Tibães, ou Beatriz Ferreyra, artista com 80 anos e um “nome histórico na música eletroacústica”, na Casa Rolão.
No domingo, será a vez de Fis e Rabih Beaini falarem sobre performance na música eletrónica.
O Semibreve é uma organização da AUAUFEIOMAU e conta com o apoio da Câmara Municipal de Braga.
O cartaz completo, assim como informações sobre o Semibreve estão disponíveis em www.festivalsemibreve.com.