O músico norte-americano Morton Subotnick, que abriu caminho no desenvolvimento da música eletrónica, atua hoje no Theatro Circo, em Braga, no começo da nona edição do Festival Semibreve.
“Aos 86 anos, numa espantosa prova de eterna vitalidade e insubmissão”, Morton Subotnick apresentar-se-á em Braga acompanhado do artista visual Lillevan, com quem tem colaborado há uma década. O músico norte-americano, pioneiro na composição com os primeiros sintetizadores modulares, revisitará “Silver Apples of the Moon”, composição de 1967.
Além de Morton Subotnick, o primeiro dia do festival Semibreve contará também com atuações, no mesmo teatro municipal, do multi-instrumentista italiano Alessandro Cortini e a artista turca Ipek Gorgun. No espaço gnration estarão Nick Void e Avalon Emerson.
O Festival Semibreve é apresentado como “um evento incontornável no panorama da música eletrónica nacional e internacional” e que contribui “para a divulgação de produção científica no campo das artes digitais produzida por instituições de referência”.
No sábado, o destaque da programação vai para a estreia absoluta de uma parceria, a convite do Semibreve, entre os músicos Oren Ambarchi e Robert Aiki Aubrey Lowe, e o regresso de Drew McDowall que, com Florence To, mostrará “Time Machines” para música eletrónica e projeção visual.
O festival Semibreve termina no domingo, dia em que, por exemplo, se apresentam as esculturas sonoras de Felicia Atkinson no Salão Medieval da Universidade do Minho.
Além dos concertos, o Semibreve é feito ainda de instalações artísticas, como “The Transparency of Evil”, de Francisco da Silva Antão, e “We Press for Silence”, de Ricardo M. Vieira, ‘workshops’ de música eletrónica e conversas com artistas.