Foi a 21 de outubro de 1877, um domingo, que a estação ferroviária de Barcelos recebeu o primeiro comboio da Linha do Minho, ampliada nesse ano.
Dois dias antes, no Diário Illustrado (n.º 1679, de 19 de outubro), um aviso assinado pelo “engenheiro director” dos Caminhos de Ferro do Minho e Douro, Justino Teixeira, avisava da inauguração do troço entre Midões e Barcelos, que passava a integrar a Linha do Minho. O troço seguinte, que ligava a Darque, em Viana, foi inaugurado em fevereiro de 1878. O anterior, entre Nine (Famalicão) e Midões, abriu a 01 de janeiro de 1887.
Na altura, a Câmara de Barcelos, presidida por Eduardo da Silva Salazar, fez saber, no dia 20 de outubro, que iria assistir, no dia seguinte, à inauguração do troço da Linha Férrea de São Bento da Várzea (Midões) até à vila de Barcelos, bem como da estação, visto esse ser “um melhoramento que há-de concorrer para o engrandecimento da Vila”.
Inicialmente, tratava-se de uma estação ferroviária “pequena”, mas que rapidamente começou a exigir ampliação dada a acentuada procura de pessoas que entravam e saíam da então “Barcellos”.
Associada à primeira estação de Barcelos estava ainda a Fábrica de Moagem do Cávado, construída em 1920, que dispunha de um ramal próprio para transportar a produção até à Linha do Minho.
A ampliação, que resultou na estação que hoje ainda vigora, ocorreu na década de 1950, já no século 20, e de acordo com a Direção Geral de Património Cultural, foi conservado ainda o cais coberto, “numa lanta retangular e fachadas em alvenaria rebocada, nos topos, ou em ripado de madeira, lateralmente, terminadas em aba corrida, nas últimas bastante avançadas, sobre estrutura de madeira”, e algumas outras construções de apoio técnico da anterior estação inaugurada em 1877.
A reabertura ao público ocorreu em 03 de julho de 1957, após vários anos em obras.