Uma família kosovar com quatro crianças, duas meninas e dois meninos, entre os dois e os dez anos de idade, desespera por ajuda, desde que o marido sofreu um acidente laboral, ficando todos sem quaisquer condições de subsistência, enquanto o processo continua no Tribunal de Trabalho de Braga e a companhia de seguros não assume responsabilidades.
A esposa, Vlora Bytyai, deslocou-se esta terça-feira de tarde à Segurança Social de Braga, à procura de apoio, mas segundo afirmou a O MINHO, “ninguém nos ajuda e temos de comer todos os dias, estando o meu marido incapaz de movimentar-se por ter caído do terceiro andar da obra de construção civil onde estava a trabalhar, na Póvoa de Lanhoso”.
O marido, Florim Tafoffli, esteve em coma, devido ao acidente de trabalho, residindo esta família kosovar na freguesia de Fonte Arcada, concelho da Póvoa de Lanhoso, andando, ainda segundo Vlora Bytyai, “de um lado para o outro, só a preencher papéis e nada mais”.
Com duas meninas de dez e oito anos, bem como dois meninos, de cinco e dois anos, este casal kosovar pretende “ajuda provisória” até que “a companhia de seguros assuma todas as suas responsabilidades e seja proporcionado o tratamento médico para o meu marido”.
Vlora Bytyai, visivelmente revoltada com o impasse, explicou a O MINHO que “o meu marido não consegue deslocar-se e eu tenho quatro crianças para cuidar, mas com o tempo a passar, estamos desesperados, porque a renda de casa é de 250 euros e o dinheiro assim nunca chega para tudo, bastaria a companhia de seguros pagar a sua parte para podermos ultrapassar esta situação em que não temos condições de tratar devidamente das crianças”.