Uma empresa alemã sediada em Vila Nova de Famalicão quer produzir um tecido que resista a uma chama direta e encontrar um substituto têxtil de vidro resistente a grandes amplitudes térmicas.
A ambição da Olbo&Mehler foi dada a conhecer numa visita do presidente da autarquia famalicense às instalações da empresa, contexto do roteiro Famalicão Made IN, que em 2014 concentrou em Vila Nova de Famalicão a produção de telas para correias de transporte e o desenvolvimento de outros têxteis técnicos e de valor acrescentado, usados em corrimões de escadas rolantes, lagartas de motos de neve ou coletes à prova de bala.
No total, a empresa, que comprou, ampliou e modernizou a antiga Segures, já investiu em Vila Nova de Famalicão 16,5 milhões de euros e desenvolveu parcerias com o Centro de Nanotecnologia e Materiais Tecnológicos e Inteligentes CeNTI, o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (Citeve) e com a Universidade do Minho para o desenvolvimento de tecidos inovadores.
“Uma das missões a cumprir é encontrar um tecido capaz de resistir a uma chama direta a incidir sobre ele, com temperaturas de 800 graus Celsius. Outro desafio é encontrar um substituto têxtil da fibra de vidro resistente a grandes amplitudes térmicas. Em estudo estão ainda soluções antibacterianas”, revelou o presidente da Olbo&Mehler, Alberto Tavares, que espera que dentro de cinco anos estes produtos façam parte da produção diária da empresa.
Alberto Tavares apontou como “fatores competitivos” para a decisão do grupo de centralizar a sua produção no concelho com o “know how têxtil existente na região nas áreas de desenvolvimento de produto e inovação, a mão de obra altamente qualificada e a posição geográfica privilegiada do município famalicense”.
Para o presidente da câmara local, Paulo Cunha, “é um orgulho para Vila Nova de Famalicão ter esta empresa de dimensão internacional no seu território”.
“A Olbo&Mehler é mais um sinal da pujança empresarial e da atratividade do nosso concelho para o investimento”, concluiu.