Armando Bacelar é um dos nomes mais relevantes do concelho de Vila Nova de Famalicão. Advogado, político antifascista, ministro, crítico literário e poeta notabilizou-se a nível nacional como líder da Oposição Democrática à ditadura do Estado Novo, conjugando a sua ação política com a dinamização cultural e literária.
Hoje, às 17:30, no Arquivo Municipal Alberto Sampaio, conta-se a história desta figura nascida em 1919 e falecida em 1998.
Inserida no âmbito das comemorações do 25 de Abril, a mesa redonda conta com a participação das filhas de Armando Bacelar, Eva e Manuela Bacelar.
Estarão ainda presentes a investigadora Filipa Sousa Lopes, que irá abordar a faceta de “político”, Joaquim Loureiro irá falar sobre o “advogado”, será ainda lido um texto de Amadeu Gonçalves que aborda a caraterística de “crítico literário e teórico do Neorealismo” de Armando Bacelar e estará ainda presente Artur Lopes.
A conferência será moderada pelo historiador Artur Sá da Costa.
Segundo nota municipal, “Armando Bacelar participou em todos os combates políticos relevantes no pós-guerra até à Revolução do 25 de Abril de 1974. Ainda estudante na Academia de Coimbra colaborou com os escritores Fernando Namora, José Gomes Ferreira, João José Cochofel, Joaquim Namorado na criação da revista Vértice e no lançamento do Novo Cancioneiro, donde emerge o Movimento literário e artístico do neorrealismo”.
“A advocacia que exerceu desde 1944 com o escritório em Famalicão foi também um instrumento de luta política na defesa dos presos políticos nos tribunais plenários. Foi ministro dos Assuntos Sociais no I Governo Constitucional. Em 1996 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique”, acrescenta ainda o mesmo comunicado.