O líder do antigo gangue de Valbom, grupo criminoso condenado por vários assaltos violentos, detido pela PJ do Porto esta semana, em Braga, foi libertado sob caução de 80 mil euros, depois de ter sido libertado e detido novamente por causa de outro processo.
De acordo com o Jornal de Notícias, Hélder Bianchi, capturado na quinta-feira quando se encontrava dentro de um cabeleireiro, em Braga – conforme noticiou O MINHO em primeira mão –, está agora a braços com um processo por tráfico internacional de centenas de quilos de haxixe, mas pagou fiança e aguarda julgamento com apresentações periódicas.
Fica ainda proibido de efetuar contactos ou de sair do país.
Bianchi estava em fuga há vários meses e foi capturado pela PJ do Porto, na tarde de quinta-feira, num cabeleireiro em São Victor, Braga.
Ao que O MINHO apurou, o criminoso estava num cabeleireiro na Rua José António Cruz e ainda tentou fugir pelas traseiras que dão para a Variante Sul, mas sem sucesso.
Hélder Bianchi passava muito tempo em Braga, apesar de lá não residir, isto porque tinha um núcleo de apoio, através de um amigo que reside no concelho bracarense, o que lhe permitia permanecer escondido das autoridades.
Na sexta-feira, em comunicado, a PJ esclareceu que deteve o fugitivo, de 33 anos, pela prática de quatro crimes de homicídio na forma tentada, sete crimes de roubo agravado, um crime de roubo agravado na forma tentada, três crimes de furto qualificado e cinco crimes de falsificação.
O inquérito, iniciado no ano de 2016, investiga a atividade do Gangue de Valbom, considerado um grupo criminoso, organizado e altamente violento, responsável por uma série de roubos com arma de fogo que tiveram como alvo, sobretudo, comerciantes de ouro.
Durante alguns dos assaltos, ocorridos no ano de 2017, foram usadas armas de fogo automáticas, de calibre de guerra e efetuados disparos que apenas por sorte não causaram vítimas mortais.
No decurso da investigação foram já apreendidas armas de fogo, munições e, em abril de 2021, detidos três elementos do grupo.
Hélder Bianchi – salientou a PJ – tem vastos antecedentes criminais por crimes violentos, tendo já sido condenado e cumprido uma pena de prisão de 10 anos, pelos crimes de associação criminosa, homicídio na forma tentada, roubo agravado, resistência e coação sobre funcionário e ofensas à integridade física qualificada.