A deputada do Parlamento Europeu, Isabel Estrada Carvalhais, visitou esta sexta-feira Viana do Castelo para conhecer melhor a realidade do concelho.
No encontro com a autarquia, foram debatidos os investimentos que estão a ser feitos nas energias renováveis ‘offshore’ em Viana do Castelo e a Zona Livre Tecnológica de energias renováveis de origem ou localização oceânica ao largo de Viana do Castelo, com uma área de 7,63 km2.
“Envolver os pescadores nos diferentes processos é essencial”, assegurou o presidente da Câmara, Luís Nobre, valorizando o papel da comunidade piscatória no concelho e afirmando que “é necessário compatibilizar as diferentes sensibilidades face às novas necessidades e evoluções”.
Também a eurodeputada socialista, natural de Braga, assumiu que “a governança marítima implica a presença de novas atividades, como o offshore, e atividades tradicionais, como a pesca”.
“O grande objetivo é encontrar o equilíbrio entre as atividades tradicionais e as novas atividades da economia azul, que não são competidores, mas podem sim ser uma nova oportunidade para as atividades já existentes”, realçou, citada em comunicado enviado pela autarquia às redações.
Depois da reunião com o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, e com o executivo, a eurodeputada visitou a empresa Aromáticas Vivas, em Carreço, a Escola de Hotelaria e Turismo de Viana do Castelo e o novo Curso de Gastronomia e Artes Culinárias da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (ESTG-IPVC) em parceria com a EHTVC.
O foco da visita da eurodeputada foi a pesca, a agricultura e o desenvolvimento rural. Na reunião com o autarca, Isabel Carvalhais referiu que “muitos dos problemas do mundo rural prendem-se com a coesão territorial e coesão social”.
O presidente da Câmara apresentou à eurodeputada a rede urbana inter-regional “Cidades Âncora para a Economia Azul”, encabeçada pela autarquia de Viana do Castelo para criar uma plataforma de entendimento que visa fomentar a economia azul através de investimentos prioritários.
Esta Rede Urbana Interregional dos programas Regionais Norte2030, Centro2030, Lisboa2030, Alentejo 2030 e Algarve 2023 é liderada pelo Município de Viana do Castelo, juntamente com Aveiro, Lagoa, Oeiras, Peniche, Portimão, Setúbal, Sines e com o Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), Fórum Oceano, Sines Tecnopolo – Associação Centro de Incubação de Empresas de Base Tecnológica Vasco da Gama e a Universidade do Minho.
O consórcio visa congregar os interesses e meios e concertar as atividades e capacidades dos seus
membros para criar esta rede de cidades âncora.
Isabel Carvalhais elogiou esta rede colaborativa, defendendo que “se o objetivo é o mesmo, a solução passa por trabalhar em equipa”.