Declarações após o jogo Tondela-Famalicão (1-0), da 12.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio João Cardoso, em Tondela:
Pako Ayestarán (treinador do Tondela): “[Esta vitória] É muito importante. Sabemos da importância de todos os jogos, depois de quatro derrotas é ainda mais importante. Também sabíamos que tanto nós como o Famalicão, na classificação, não refletíamos os feitos em campo. Nós merecíamos mais e o Famalicão também.
O Famalicão demonstrou hoje que é uma equipa que joga muito bem, teve um bom início de jogada, uma boa construção […], então sabíamos das dificuldades, e no dia de hoje demonstraram que não é fácil ganhar ao Famalicão, independentemente das derrotas, porque muitas vezes as derrotas acontecem por detalhes, como aconteceu hoje.
Essa sorte que nos tem faltado em muitos jogos, hoje tivemo-la.
A verdade é que desde o início do jogo percebi que a equipa entrou bem, entrou muito concentrada, e quiçá fomos capazes de não repetir erros anteriores. Tenho tratado de convencer a equipa que o passado é passado, porque muitas vezes parece que há fantasmas e demonstrámos que o importante é no dia e ter rendimento no jogo que se está a jogar e, a esse nível, a equipa esteve com concentração ‘top’ durante os quase 100 minutos.
Não houve nenhum jogo que tivéssemos ganhado em que pudemos dizer que ganhámos com facilidade. Em todos os jogos, sofremos e têm-nos criado dificuldade até ao fim, nos últimos minutos”.
João Pedro Sousa (treinador do Famalicão): “O jogo foi controlado totalmente pelo Famalicão e, em espaços, dominámos o jogo, no entanto, não conseguimos marcar e uma bola ao poste não é um golo. Tínhamos essa responsabilidade, essa obrigação, somos melhor equipa, temos melhor jogadores, portanto tínhamos de marcar e não podemos cometer o erro que cometemos no golo sofrido.
Não nos podemos queixar de um golo sofrido, porque foi um erro nosso e o adversário aproveitou, uma coisa que nós não conseguimos fazer do outro lado.
Estou muito desiludido comigo, porque não consegui ajudar os jogadores a ganhar, num jogo em que mereciam ganhar, uma vitória que já merecem há muito tempo e que, infelizmente, não os consegui ajudar.
Estamos a atravessar dificuldades de vária ordem, de várias condicionantes, mas não me vou agarrar a rigorosamente nada. Não ganhámos, porque temos de jogar, temos de atacar melhor e defender melhor, é tão simples o futebol como isso.
Temos de marcar golos e defender cada vez melhor para evitar erros como hoje, para evitar que o adversário marque golos.
Não falo, nunca falei da equipa da arbitragem, e não vou falar, porque os árbitros também têm o direito de errar, tal como eu, que tenho errado nos últimos tempos. Agora, o árbitro tem uma ajuda tecnológica, que custa muito dinheiro ao futebol, e tem pessoas que estão sentadas com tempo para analisar.
Essas pessoas que estão sentadas com um ‘software’ caríssimo, se calhar, é responsabilidade delas os estádios, quando tínhamos público, terem tão pouca gente e nos outros países os estádios estarem cheios. Mas com o árbitro não tenho de estar, nem deixar de estar, desiludido.
Vai ser um campeonato difícil. No ano passado também foi difícil, mas não vamos entrar em comparações. O que está para trás, está para trás, temos é de identificar o que está errado para regressar às vitórias”.