“Quanto valem 500 ‘anéis’?”. É desta forma que o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) deixa o desafio para a visita ao Carvalho de Calvos, na Póvoa de Lanhoso, uma árvore com mais de 500 anos de idade que parece ter sobrevivido a quase tudo que o tentou afetar.
No final de uma semana onde a floresta foi alvo de várias celebrações levadas a cabo pelo ICNF, aquele organismo decidiu destacar aquilo que considera ser “uma referência a um símbolo de resiliência do nosso património natural: o Carvalho de Calvos”.
Salienta o ICNF que esta árvore “sobreviveu à amputação de ramos – por doença – e a fogueiras, tendo sido classificado em 1997”. “Imagine-se a quantidade de serviços de ecossistema que este Quercus robur já promoveu”, indaga o instituto.
A imponente árvore tem cerca de 30 metros de altura, 34,4 de diâmetro (copa) e perímetro de 11,50 metros (base). Alberga vários tipos de animais, como é o caso do escaravelho vaca-loura (Lucanus cervus), “espécie protegida e dependente de árvores antigas”.
O ICNF destaca que, por ser “representativo de um património que importa perpetuar já mereceu um centro interpretativo”.
De acordo com o centro, o carvalho “tem sido ao longo dos séculos uma árvore considerada muito importante sendo a ela que estão associados muitos rituais celtas e na Península Ibérica era considerada como um símbolo de força e resistência”.
Para além do nome oficial, é ainda conhecido por “carvalha grossa” ou “carvalha da Fondoua”. É um Carvalho alvarinho (Quercus robur) e é desde 22 de agosto de 1997 uma árvore classificada de interesse público.
“Esta classificação foi conseguida dadas as suas características ímpares e únicas. Estima-se que seja o Carvalho mais antigo da Península Ibérica e o segundo mais antigo da Europa”, pode ler-se no site do centro interpretativo local.