Esposende investe 1,1 ME em Observatório para “analisar à lupa” biodiversidade marinha

Esposende. Foto: CM Esposende

A biodiversidade marinha de Esposende vai ser “analisada à lupa” durante três anos, no âmbito de um projeto da Câmara local e da Universidade do Minho, avaliado em 1,1 milhões de euros, informou hoje o município.

Denominado Observatório Marinho de Esposende (OMARE), o projeto acaba de ser aprovado pelo Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos, que o financiará em 85 por cento.

“Este projeto decorre da intenção e aposta do município de Esposende em promover formas inovadoras de aproveitamento sustentável dos recursos marinhos, contribuindo para o desenvolvimento da economia do mar”, refere um comunicado do município.

O OMARE integra 18 ações, 16 das quais estarão a cargo do Município de Esposende, “que terá o papel de líder e será o beneficiário principal”, ficando a Universidade do Minho responsável pelas duas restantes.

As ações abrangem áreas ligadas à investigação e à divulgação científica, mas existe também uma aposta na educação e sensibilização ambiental da comunidade para a importância da manutenção dos ecossistemas marinhos.

A área de intervenção do OMARE abrange toda a área marinha da área protegida do Parque Natural do Litoral Norte, “mas os resultados da implementação deste projeto terão repercussão a nível nacional, contribuindo para um melhor e mais profundo conhecimento da biodiversidade e habitats marinhos presentes na costa portuguesa”.

Com a implementação do projeto, será fomentada a investigação científica aplicada à conservação da natureza e à gestão dos recursos vivos marinhos, nomeadamente a que vise esclarecer a importância dos biótopos e das respetivas comunidades marinhas do Litoral Norte.

Pretende-se a implementação de um sistema de informação e monitorização do estado de conservação e pressões sobre a biodiversidade do Parque Marinho do Litoral Norte, que será complementado com a elaboração de cartografia de habitats naturais em escalas operacionais que permitam o apoio à decisão.

O Instituto de Conservação da Natureza e Florestas ficará, assim, dotado de um instrumento de apoio à gestão da biodiversidade na sua área de jurisdição.

A implementação do OMARE irá ainda permitir a criação de um programa de monitorização da biodiversidade e o desenvolvimento de um sistema de informação relacionado com a conservação da natureza, que possibilitará a avaliação do estatuto de ameaça dos principais grupos de espécies e habitats presentes, das suas tendências populacionais e da sua distribuição.

Será também elaborada cartografia da geomorfologia dos fundos e cartografia e inventariação de espécies e habitats.

Ao longo do projeto, serão ainda desenvolvidas ferramentas específicas de divulgação e sensibilização pública sobre biodiversidade marinha, visando toda a população, em particular a comunidade jovem escolar e os vários grupos económicos que desenvolvem as suas atividades no mar.

Já a Universidade do Minho pretende a criação de zonas piloto para avaliação de novas estratégias de gestão dos ecossistemas do Parque Natural do Litoral Norte (PNLN).

Estas áreas serão alvo de monitorização com vista ao acompanhamento dos substratos de colonização e nelas será implementada uma rede de sensores.

O projeto OMARE pressupõe igualmente a definição de uma estratégia de informação e sensibilização dos munícipes e visitantes, com vista a minimizar os impactes decorrentes do usufruto não sustentável dos recursos marinhos, bem como a mobilizar um cada vez maior número de cidadãos para a mitigação dos problemas que atualmente afetam a sustentabilidade dos oceanos.

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