A Câmara de Esposende (PSD) aprovou hoje o Orçamento para 2023, no valor de 36,7 milhões de euros, com a abstenção do único vereador da oposição (PS).
O documento foi aprovado com os votos favoráveis dos seis eleitos do PSD.
Somando aos 36,7 milhões os orçamentos das empresas municipais Esposende 2000 e Esposende Ambiente, além do saldo de gerência do exercício de 2022, o valor total ascende a mais de 50 milhões de euros.
“Trata-se, pois, do maior orçamento de sempre, refletindo o crescimento contínuo e sustentado do município de Esposende e considerando, também, o processo em curso de transferência de competências do Estado para as autarquias locais”, refere o comunicado.
Sublinha que, atendendo à atual conjuntura económica, “fruto da enorme instabilidade internacional e da forte inflação”, o município dedicará uma atenção acrescida à intervenção social, dando prioridade ao apoio e proteção das famílias, mantendo a “baixa” carga fiscal.
“O município não vai abrandar o investimento, perspetivando a concretização de investimentos relevantes, perseguindo o objetivo de desenvolvimento sustentável do concelho, numa estratégia articulada com as Juntas de Freguesia e em linha com as metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU”, acrescenta.
Entre os investimentos, destaca a instalação do ensino superior no concelho, a concretização dos projetos de investigação no Forte de S. João Batista e na Estação Radionaval de Apúlia, do parque da cidade e do parque desportivo e de lazer municipal.
Aponta ainda a execução da segunda fase da requalificação da Escola Secundária Henrique Medina, a construção do Centro de Recolha Oficial de Animais, a requalificação da Estrada Municipal 546 entre Antas e Forjães, a conclusão da Ecovia do Cávado e do Litoral Norte e a requalificação do Largo Rodrigues Sampaio e do Mercado Municipal.
O presidente da Câmara, Benjamim Pereira, diz que o município se empenhará num “correto e exaustivo “aproveitamento dos diversos quadros comunitários de apoio disponíveis, pretendendo candidatar ao que resta do Portugal 2020 o que está concluído e não foi financiado.
Na mesma linha, espera uma “boa negociação” da contratualização do Portugal 2030, procurando também enquadramento dos projetos do município na estratégia de implementação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).
Em declarações à Lusa, o único vereador da oposição, Luís Peixoto, disse que as suas prioridades seriam outras, mas optou pela abstenção, por considerar que se deve deixar a maioria governar em função do seu programa.
“Digamos que é uma postura de estadista”, referiu.
Aludiu a prioridades diferentes em questões como saneamento, segurança na EN13, centros interpretativos e espaços museológicos e de impostos.
Neste aspeto, considerou que os 1,8 milhões de euros que a câmara vai arrecadar de IRS deviam ser deixados, em parte ou no total, nos bolsos dos cidadãos, ajudando assim a economia local.