Os enfermeiros do Hospital de Braga vão fazer quatro dias de greve para exigir o pagamento das 30 mil horas de trabalho em atraso, contra a “discriminação salarial” e pela admissão de mais profissionais, anunciou hoje o sindicato.
Em conferência de imprensa, o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) explicou que a jornada de luta dos profissionais do setor no hospital de Braga, gerido pelo Grupo Mello Saúde numa Parceria Público Privada, vai ser cumprida no dias 29 e 30 de setembro e a 3 e 4 de outubro.
Pela voz da dirigente nacional daquele sindicato, Guadalupe Simões, o SEP explicou que o hospital, nas reuniões com o sindicato, ofereceu uma “mão cheia de nada” perante as reivindicações dos enfermeiros, pelo que era “inevitável” partir para a greve.
“As respostas da administração às exigências dos enfermeiros foram uma mão cheia de nada. Quando estão 30 mil horas a mais por pagar aos enfermeiros [cerca de 500 mil euros] e a proposta que nos fazem é que esse trabalho seja considerado trabalho normal e para ser pago durante quase três anos, sem haver um plano de admissão de enfermeiros, significa que estas horas nunca irão ser pagas“, apontou.
Acrescentou que “quando não se propõe diminuir ou extinguir a discriminação salarial entre os enfermeiros, quando se continua a admitir enfermeiros a recibo verde, quando tudo isto acontece e não nos dão respostas, é inevitável esta greve”.
A sindicalista deixou ainda a garantia que durante os dias de greve estarão assegurados os serviços mínimos.
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