O empresário galego José Estevéz, que era até sábado passado o espanhol mais procurado em todo o mundo, será interrogado já esta tarde de terça-feira, no Tribunal da Relação de Guimarães, a fim de declarar se pretende ser extraditado ou se prefere cumprir a sua pena de seis anos de prisão efetiva, por crimes fiscais, ligados com faturas falsas, em Portugal.
Em declarações exclusivas a O MINHO, o seu advogado oficioso, Ricardo Cardoso, que foi nomeado pela Ordem dos Advogados, “o que está aqui em causa é saber se estão já cumpridos os pressupostos legais para a extradição e se ele aceita ou não ser extraditado”.
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Ainda segundo o mesmo advogado, com escritório na Comarca de Braga, depois da sua detenção, José Manuel Costa Estevéz foi interrogado no final de semana pelo juiz de turno destacado no Palácio da Justiça de Vila Nova de Famalicão, tendo permanecido desde então no Porto, sempre nas Prisões Privativas da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária, que o deteve à saída de um restaurante, na freguesia de Belinho, Esposende, durante uma operação realizada em colaboração com a Guarda Nacional Republicana de Esposende, através do Gabinete Nacional da INTERPOL, na sequência de um mandado internacional.
José Manuel Costa Estevéz foi condenado por alegadamente ter emitido faturas falsas, no valor total de cerca de 150 milhões de euros, lesando assim o fisco espanhol, em mais de 11 milhões de euros, utilizando para o efeito a faturação das suas empresas, do Grupo “5 Jotas”, com fábrica de carpintaria para casas em madeira, situada nos arredores de Vigo.