O canoísta Emanuel Silva, de Braga, veio a público tecer considerações perante a escolha de Telma Monteiro e Nélson Évora como porta-estandartes da comitiva portuguesa para os Jogos Olímpicos 2020, realizados em Tóquio, no Japão, ao longo de agosto e setembro.
O atleta minhoto, apurado em K4 500 metros, em conjunto com os colegas João Ribeiro (Esposende), David Varela e Messias Baptista, recorreu às redes sociais para ‘desabafar’ o incómodo de o Comité Olímpico nacional não ter justificado a escolha dos porta-estandartes, alegando não se sentir bem.
“Decidi formalizar o meu descontentamento na sequência da notícia que deu conta da escolha dos ‘porta-estandartes’ nos próximos Jogos Olímpicos de Tóquio. Desde logo, devo vincar que tenho todo o respeito e admiração pelos meus colegas Nélson Évora e Telma Monteiro. São atletas de eleição e com provas dadas, meus compatriotas, e nada desta intervenção pretende sequer beliscar os seus méritos”, escreveu Emanuel, que deixou recentemente o Sporting Clube de Portugal para treinar de forma independente.
Silva entende que “pode e deve” questionar esta escolha do Comité, sobretudo por não compreender os critérios: “Quais são verdadeiramente as razões que estão na base desta escolha? TODOS os outros atletas – mesmo os que não têm títulos e/ou participações olímpicas anteriores – merecem uma resposta”, destaca.
Emanuel Silva denuncia que “esta foi uma escolha feita sem qualquer discussão ou debate e, ainda que tal não fosse justificado ou exigível, é de bom tom para com todos os atletas portugueses que os critérios sejam imparciais, justos e no mínimo conhecidos”.
“Só assim todos os portugueses perceberão que hasteamos todos a mesma bandeira! Porque não há portugueses de primeira ou de segunda”, terminou o atleta bracarense.