É um “fenómeno atmosférico extremamente raro” e quem o diz é a Agência de Meteorologia do Reino Unido (Metoffice). Trata-se de nuvens Kelvin-Helmholtz captadas este sábado em Foz do Arelho, na zona das Caldas da Rainha, Portugal. A fotografia é da autoria de Nuno Silva e foi publicada pela página de Facebook “Meteo Trás-os-Montes”.
Segundo a agência britânica, que as classifica como sendo um dos tipos de nuvens mais raros de avistar, “estas são caracterizadas por uma aparência semelhante a ondas de mar em movimento, formando um padrão de ondulação ao longo de toda a nuvem” e “ocorrem quando existem diferenças significativas na velocidade do vento em diferentes camadas da atmosfera”.
“Normalmente, as camadas de ar mais elevadas movem-se a velocidades superiores às camadas de ar inferiores. Este fenómeno cria uma forte deformação vertical do vento, que pode moldar as nuvens para ondas do mar”, prossegue o documento informativo relativo aos diferentes tipos de nuvens, consultado hoje por O MINHO.
Nomeadas por dois físicos, Hermann von Helmholtz e William Thomson (Lord Kelvin), não causam chuva, mas podem ser sinal de turbulência a aproximar-se, servindo como indicador para meteorologistas e até para os pilotos de avião que têm a sorte de as ver.