O Presidente da República considera que “é necessário renovar o estado de emergência”. Falando no final da reunião do Infarmed, Marcelo Rebelo de Sousa diz que “os números apontam para isso, a tendência aponta para isso, a pressão sobre os cuidados intensivos aponta para isso, o que foi dito sobre o tempo mais longo que as medidas necessitam para ser eficazes aponta para isso”.
Portanto, o Presidente da República vai propor hoje ao parlamento renovar a declaração do estado de emergência em Portugal por mais 15 dias, de 24 de novembro até 08 de dezembro, para permitir medidas de contenção da covid-19.
“Enviarei ainda esta tarde para a Assembleia da República – tendo em conta o que ouvi aos partidos políticos, o que ouvimos todos aos especialistas, o parecer do Governo – o diploma para ser votado amanhã [sexta-feira]”, anunciou Marcelo Rebelo de Sousa.
Esta foi a “primeira ideia” que resultou do encontro. A segunda foi, refere Marcelo, que “estamos perante um desafio que não termina nos próximos 15 dias, continua nas semanas e meses subsequentes”. Portanto, para o Presidente da República, isto significa que tem que haver “uma predisposição para subsequentes renovações do estado de emergência, aquelas que forem necessárias para se esmagar a curva”.
A “terceira ideia” que saiu do encontro foi a da aplicação de medidas específicas para os concelhos mais afetados em complementaridade com limitações gerais.
“Ao lado de medidas comuns a todo o território português, nomeadamente continental, é preciso avançar para medidas específicas, que atendam à maior ou menos gravidade da situação nos vários concelhos”, realçou Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhando que a vacina também foi um dos temas abordados.
“Apontou-se desejavelmente para o calendário do princípio do ano que vem, e a partir daí, porque é um processo complexo e demorado”, afirmou, concluindo que “não há medidas que possam ser eficazes se os portugueses nao acreditarem nelas”.
“A prevenção é essencial e começa em cada um de nós”, sentenciou Marcelo Rebelo de Sousa.