É de Esposende e foi a melhor portuguesa na estreia do ‘stand up paddle’ em Europeus de canoagem

Maria Silva
É de esposende e foi a melhor portuguesa na estreia do 'stand up paddle' em europeus de canoagem

Maria Silva foi a atleta portuguesa que atingiu melhor resultado na primeira vez que o ‘Stand up paddle’ (SUP) integra os Europeus de canoagem, com o quarto lugar na competição longa júnior, sobressaindo ainda na formação lusa o 10.º de Paulo Freitas. 

“Gostava de ter feito um lugar no pódio como júnior, pois é o meu último ano. Pode ser que o consiga no futuro…”, disse Maria Silva, estudante de humanidades que sonha em seguir desporto na Universidade. 

A atleta de Esposende que em 06 de setembro completa 18 anos já compete há cerca de seis anos, dedicando hora e meia por dia ao treino, que inclui a parte técnica de água no Rio Ave, em Vila do Conde, bem como ginásio e corrida.

A sua estreia sénior, em Szeged, com o 16.º lugar na categoria absoluta de sprint “foi muito desafiadora, uma vez que a concorrência e a pressão são muito maiores”, contudo, admite que gostou “imenso” de medir forças com “as melhores”.

Assume que vai participando nas provas que mais lhe interessam entre as federações de canoagem e de surf, porém, reconhece que as primeiras têm “mais visibilidade e muito mais organização, pelo que têm mais gente”.

Maria Silva teve como companheiros de seleção Paulo Freitas, Tomás Lacerda e Rui Ramos.

O Tribunal Arbitral do Desporto decretou que ambas as modalidades podem organizar Europeus e Mundiais de SUP, no entanto, se este vier um dia a integrar o programa olímpico, será o surf a abranger a competição. 

A experiência tem sido uma experiência “extraordinária” para a seleção portuguesa, apesar dos resultados na Hungria poderem ter sido um pouco “melhores”.

“Ficámos um bocadinho aquém das nossas expectativas, apesar dos bons resultados. Temos uma seleção muito jovem…”, explicou à Lusa o selecionador nacional, José Cirilo, que lamentou o facto de a equipa nacional estar privada em Szeged de alguns dos seus melhores elementos, devido a diferentes condicionantes.

O técnico lembrou que o SUP só há quatro anos está inserido na FPC, que, defende, tudo tem feito para contribuir para a evolução da modalidade, tal como a ICF.

“É um desporto em franca expansão. Basta olhar para os rios e muitos outros sítios para ver que o SUP está em grande crescimento”, exemplificou.

A supervisão do SUP tem merecido disputas internacionais entre a canoagem e o surf, sendo que ambas as federações estão autorizadas, pelo Tribunal Arbitral do Desporto, a promover competições, sinal de que, em boa parte dos países, há duas seleções, a exemplo do que acontece em Portugal.

Na canoagem, há a vertente de velocidade, desafio de 200 metros, corrida técnica, de 1.000 metros, com obstáculos e rondagens de boias que tornam a prova mais emocionante, e a longa distância, habitualmente de cerca de 18 quilómetros. 

Depois da seleção ter estado nos mundiais da Hungria, Polónia e Tailândia, em eventos independentes, esta é a primeira vez que o SUP integra o programa dos maiores acontecimentos internacionais de canoagem, numa organização nunca vista por José Cirilo.

“(Os Europeus da ICF e da ISA) São universos muito diferentes. Isto aqui é super bem organizado, tanto os mundiais como os europeus. As nossas provas nacionais são muito superiores às europeias e mundiais da ISA. E os miúdos ficam deslumbrados com isso…”, completou o selecionador.

Resultados de Portugal nos Europeus de SUP

– Longa distância:

Paulo Freitas: 10.º.

Rui Ramos: 15.º.

– Longa distância júnior:

Maria Silva: 4.ª.

– Corrida técnica

Paulo Freitas: 15.º.

Tomás Lacerda: Não disputou a final B por estar doente. 

– Sprint

Maria Silva: 16.º.

Tomás Lacerda: quartos de final.

Por Rui Barbosa Batista, enviado da agência Lusa.

 
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