Onze desempregados vão estar, durante o verão, envolvidos na vigilância e prevenção de incêndios florestais em Famalicão, juntando assim mais cerca de 220 euros por mês ao subsídio que estão a receber, informou hoje o município.
Uma brigada de vigilância fixa, distribuída pelas torres de vigia do concelho e duas equipas de vigilância móvel que percorrem em motorizadas o território florestal, são as grandes apostas do Programa Municipal de Prevenção de Incêndios Florestais de Vila Nova de Famalicão, que vigora até 30 de setembro.
À semelhança dos anos anteriores, a autarquia famalicense apresentou uma candidatura à Medida Contrato Emprego Inserção do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP).
Os vigilantes contratados do IEFP recebem, por mês, uma bolsa no valor de cerca de 80 euros, um subsídio de alimentação que ronda os 90 euros e um subsídio de transporte, que varia de acordo com a morada de residência de cada um, mas cuja média ronda os 50 euros. Os valores são suportados pela Câmara Municipal e acrescem ao subsídio de desemprego de cada um.
Ocupando as torres de vigia localizadas em três diferentes pontos do concelho – Santa Catarina, em Calendário, Monte do Xisto, em Jesufrei, e Santa Cristina, em Requião – a brigada fixa tem como objetivo detetar focos de ignição, enquanto as equipas móveis procuram vigiar os vários pontos da floresta, sensibilizando a população para a proteção do território.
Refira-se que este dispositivo tem ainda o apoio da Equipa de Sapadores Florestais que, para além da missão de vigilância, efetua a primeira intervenção, colaborando também nas ações de combate e rescaldo dos focos de incêndio.
Para o vice-presidente da autarquia e também responsável pelo pelouro da Proteção Civil, Ricardo Mendes, “com este dispositivo de prevenção e deteção o Município de Famalicão está preparado para enfrentar o período crítico de risco de incêndio”, acrescentando que “temos desenvolvido ao longo de todo o ano, um trabalho de sensibilização com os proprietários dos terrenos, tendo em vista a limpeza florestal, o que tem sido uma mais-valia para este programa.”
Até final de julho, o município registou 18 ocorrências, com uma área ardida total de 1 hectare.
Para além dos vigilantes do IEFP e das Corporações de Bombeiros do concelho, o Programa Municipal de Prevenção de Incêndios Florestais conta também com o trabalho e empenho da Guarda Nacional Republicana, da Polícia Municipal, que colabora nas ações de fiscalização a queimas e vigilância, e ainda dos Sapadores Florestais que para além da missão de vigilância colaboram nas ações de combate e rescaldo, quando acionados mecanismos legais para o efeito.