O grupo “Guimarães pela Liberdade”, através do seu porta-voz, Ricardo Ruão Pires, veio hoje a público denunciar aquilo que considera ser “violência racista” em Guimarães, apontando dedo a uma “célula vimaranense” do “Grupo 1143”, este liderado pelo neo-nazi Mário Machado.
Em comunicado enviado a O MINHO, o coletivo antirracista denuncia que a dita célula tem “incitado ao ódio contra a população imigrante”, espalhando ameaças por entre ativistas antirracistas.
Segundo Ricardo Ruão Pires, a loja de venda de artigos do Bangladesh que, como O MINHO noticiou, já havia sido atacada em janeiro deste ano, voltou a ser vandalizada no passado dia 15 de agosto, com suásticas e o logotipo do Grupo 1143, algo que já havia acontecido da outra vez. E no dia 20 de agosto, refere a mesma fonte, o grupo neo-nazi voltou às imediações da loja “para mais uma ação de intimidação e colagem de autocolantes racistas”.
“A mesma loja voltou a ser alvo de um ataque racista com a colagem de autocolantes, do mesmo grupo, e, com a realização de um vídeo que expõe o local e faz uso de um discurso que constitui crime de incitamento ao ódio e à violência contra as pessoas imigrantes (artigo 240 do Código Penal)”, sustenta o grupo denunciante.
Queixam-se ainda de ameaças contra ativistas antirracistas, “colando autocolantes do grupo neonazi nas suas portas de casa, e/ou na porta do seu prédio, usando este método para constranger opiniões diferentes, tentando silenciar estas pessoas”.
O grupo “Guimarães Pela Liberdade” denuncia ainda uma alegada intenção de o grupo nacional estar a organizar uma manifestação em Guimarães no próximo dia 05 de outubro, que contará com a presença de Mário Machado, tendo sido esse o motivo do nascimento da célula em Guimarães.
“Por isso, é muito importante parar já esta escalada de violência, desmantelando estes grupos neonazis, prendendo os seus cabecilhas e principais generais. Mais ainda, acreditamos que a manifestação neo-nazi que pretendem realizar não tem condições para ser realizada e pedimos um posicionamento público de todos os agentes políticos e das nossas instituições democráticas”, conclui o grupo.