De onde vem o dinheiro para isto tudo?

De onde vem o dinheiro para isto tudo?

“O vício inerente ao capitalismo é a distribuição desigual de benesses; o vício inerente ao socialismo é a distribuição por igual das misérias.” – Sir Winston Churchill

Aumento de salários, cortes de sobretaxas, subsídios e pensões, redução do IVA da restauração: de onde vem o dinheiro para isto tudo?

“Aumentar a progressividade do IRS, nomeadamente através do aumento do número de escalões”, ou seja, vem aí mais um “brutal aumento de impostos” para a classe média.

O programa do PS baseia-se no princípio da “redistribuição virtuosa”.

Ora vejamos: aumentamos em 1.000 milhões, por exemplo, os impostos (IRS/IMI) sobre a classe média e média-alta, retirando-lhes rendimento disponível. Ora, estes indivíduos tem por mau hábito comprar carros, adquirir bens de consumo duradouro, novas tecnologias, ir de férias para o estrangeiro. Ou seja, gastam muito do seu rendimento em bens supérfluos que são adquiridos no exterior (resultando em muitas importações!). De vez em quando ainda se atrevem a poupar parte do rendimento, investindo em ativos financeiros. Malvados. Ora poupança não arrasta a economia.

Com esta coleta de rendimento disponível aumentamos os salários mínimos, aumentamos os subsídios e complementos salariais às classes desfavorecidas, reduzimos os impostos sobre as classes de mais baixo rendimento e descongelamos as pensões mais baixas. Adicionalmente, cumpre-se a promessa de repor salários da função pública.

Impacto: se pegarmos nos 1.000 milhões de rendimentos subtraídos ao primeiro grupo e os passarmos para o segundo, geramos mais crescimento e com menos importações. Milagre!! As pessoas no segundo grupo vão gastar 100% do aumento do rendimento (zero poupança), repondo consumo passado, comprando mais bens alimentares e de primeira necessidade, dinamizando cuidados de saúde, restauração, pequeno comércio – e por aí fora… – gerando mais efeitos de arrastamento sobre a economia interna e não transacionável. Como são estes setores que absorvem a mão de obra pouco qualificada são também aqueles que mais depressa vão absorver bolsas de desemprego.

Tudo até muito simples e óbvio. E provavelmente funcionará em mais PIB e menor défice.

Este é também o conceito de justiça redistributiva “Robin dos Bosques” desta frente de esquerda. Redistribuir cada vez mais é bom, pois remediados e malandros que ganham, gastam e poupam mais, financiam os que ganham e têm menos.

O PIB gosta, o défice melhora e o desemprego também. INATACÁVEL.

Eu não gosto.

 
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