A incidência de casos de covid-19 por 14 dias disparou em todos os concelhos dos distritos de Braga e Viana, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde emitido esta sexta-feira. No total, o Minho tem 17 concelhos em risco extremo de contágio (acima dos 960 casos por 100 mil habitantes) e sete em risco muito elevado (entre 480 e 960 casos por 100 mil habitantes).
Na semana passada, os concelhos em risco extremo eram apenas dois (Monção e Ponte da Barca). Agora, além destes, estão ainda Braga, que tem a maior taxa de incidência de toda a região, Guimarães, Barcelos, Famalicão, Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso, Fafe, Esposende, Viana do Castelo, Caminha, Arcos de Valdevez, Paredes de Coura, Ponte de Lima e Valença.
Em risco muito elevado estão os municípios de Vieira do Minho, Vizela, Celorico de Basto, Terras de Bouro, Cabeceiras de Basto, Cerveira e Melgaço.
Segundo o boletim, referente ao período entre 16 e 29 de dezembro, a incidência nos concelhos do distrito de Braga é a seguinte: Braga (1.903 casos por 100 mil habitantes), Guimarães (1.164), Barcelos (1.383), Famalicão (963), Vila Verde (1.561), Amares (1.277), Póvoa de Lanhoso (1.047), Vieira do Minho (585), Fafe (1.196), Esposende (1.674), Vizela (933), Celorico de Basto (698), Terras de Bouro (697) e Cabeceiras de Basto (895).
No Alto Minho registam-se as seguintes taxas de incidência por 100 mil habitantes: Viana do Castelo (992), Cerveira (663), Caminha (1.109), Ponte da Barca (1.658), Monção (1.771), Arcos de Valdevez (1.482), Melgaço (851), Paredes de Coura (1.275), Ponte de Lima (1.208) e Valença (1.054).
Portugal ultrapassa as 1.000 infeções por 100 mil habitantes
A incidência de infeções com o coronavírus subiu para 1.182,7 casos por 100 mil habitantes em Portugal e o índice de transmissibilidade (Rt) também registou um aumento, passando para 1,35, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde.
De acordo com o boletim sobre a pandemia de covid-19 em Portugal divulgado pela Direção-Geral da Saúde (DGS), a taxa de incidência nacional passou, desde quarta-feira, de 923,4 casos de infeção por 100 mil habitantes a 14 dias para os atuais 1.182,7.
Considerando apenas Portugal continental, este indicador registou também um crescimento, de 927,6 casos por 100 mil habitantes para 1.188,4.
O Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – também registou um novo crescimento, passando de 1,29 para 1,35 a nível nacional e de 1,30 para 1,36 em Portugal continental.
Os dados do Rt e da incidência de novos casos por 100 mil habitantes a 14 dias – indicadores que compõem a matriz de risco de acompanhamento da pandemia – são atualizados pelas autoridades de saúde à segunda-feira, à quarta-feira e à sexta-feira.
A covid-19 provocou 5.428.240 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.955 pessoas e foram contabilizados 1.389.646 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal.
*Com Lusa