O secretário-geral do PS, António Costa, criticou hoje o Governo PSD/CDS-PP, que, acusou, minou a confiança dos portugueses e dividiu o país, reforçando o socialista o projeto de futuro do seu partido.
“É o PS que quer substituir um ciclo esgotado por um novo ciclo de esperança. É o PS que é o partido capaz de unir o país, de unir os portugueses, de falar com todos os parceiros sociais, de promover o diálogo político alargado, de trabalhar com os nossos autarcas de todo o país, independentemente da sua força política”, vincou.
Costa falava num comício em Barcelos perante milhares de pessoas, naquela que foi, muito provavelmente, e dentro do período de oficial de campanha, a sessão de intervenções com maior plateia, e onde intervieram também, por exemplo, o eurodeputado Francisco Assis e o cabeça de lista do PS pelo distrito de Braga, Manuel Caldeira Cabral.
Barcelos foi um dos pontos mais altos desta campanha, com um comício que juntou milhares de pessoas na cidade minhota. A força da Confiança. #costa2015
Posted by Costa 2015 on Domingo, 27 de Setembro de 2015
Na ocasião, o líder do PS voltou a pedir uma “maioria de confiança” nas urnas, maioria essa que, “sendo absoluta”, deve sempre procurar a “governabilidade em concertação social e em diálogo político”.
“À falta de propostas de direita, o PS apresenta-se com um programa que é um compromisso escrito. A palavra que damos é palavra que terá de ser honrada”, prosseguiu.
Hoje, onde passou, por exemplo, por Fafe, Guimarães, Braga e Barcelos, Costa diz ter sentido uma “resposta” do povo de que a “derrota da coligação” de direita chegará no próximo domingo.
A certo momento do seu discurso, o líder socialista foi interrompido – com o sinal das 19:00 – pelo sino da igreja situada perto do palco, brincando com a situação.
“Estamos a uma semana de o sino tocar e ao dar a badalada das sete horas estarem encerradas as urnas com a grande vitória do PS”, atirou, recebendo de volta gritos de “vitória!” dos presentes.
E insistiu: “A coligação de direita está esgotada, nada de novo tem a dizer sobre o futuro. Uma ideia nova, uma proposta nova, a não ser continuar a fazer nos próximos quatro anos mais do mesmo”.
O Governo “multiplicou os conflitos” no país e não está “em condições de unir os portugueses”, sustentou Costa, que lembrou também o papel do Tribunal Constitucional que, “apesar de tudo, impôs alguns limites” ao executivo PSD/CDS-PP.
“Não fosse o Tribunal Constitucional e ainda tinha sido pior a ação deste governo”, advogou o líder do PS.
Costa elogiou ainda o eurodeputado Francisco Assis – “um dos melhores socialistas da sua geração” e deu Caldeira Cabral como exemplo da “equipa renovada” do PS.
“É uma equipa renovada que junta o melhor de todos os socialistas, mas uma equipa que foi também capaz de ir buscar às empresas, aos movimentos sociais, à universidade, outras pessoas que não se tendo no passado dedicado à vida politica muito têm a dar ao país”, declarou.
Costa enalteceu também o encontro tido esta tarde em Guimarães com Freitas do Amaral, fundador do CDS, para declarar que o político “sente que como democrata-cristão [que é] o PS é o único partido que defende a ideia comum do modelo social europeu”.