Corporação de Vila Verde abre inquérito sobre caso de bombeiro a combater incêndio sozinho

Foto: João Constantino / O MINHO

O Sindicato Nacional de Bombeiros Profissionais (SNBP) denunciou, na quinta-feira, as más condições de trabalho nos Bombeiros Voluntários de Vila Verde e a Direção e o Comando emitiram hoje um comunicado conjunto a rebater todas as acusações.

Uma das denúncias foi relativa a um caso de despiste, seguido de incêndio rodoviário, na vila de Prado, que contou apenas com um bombeiros da referida corporação a combater as chamas – quando devia ter contado com seis. Quanto à situação ocorrida em 16 de abril, a corporação refere que está a decorrer um “inquérito de averiguação interna para que sejam apurados todos os factos ocorridos”. “Posteriormente, o Comando vai proceder à elaboração de um relatório interno que será apresentado à Direção e, em conjunto, tomar-se-á uma deliberação final inteiramente ajustada à situação”, notam.

Como O MINHO noticiou, o sindicato enumerou várias situações que colocavam em causa a gestão da instituição, denunciando mesmo que se vive um “clima de medo” e “insegurança” no interior do quartel, mas também uma alegada falta de higiene, com ratos no interior do edifício.

Relativamente às pressões de despedimento aos trabalhadores que não cumprirem os turnos nos serviços hospitalares, a Direção e o Comando referem que as acusações não fazem “qualquer sentido”.

No comunicado enviado a O MINHO pelo SNBP, na quinta-feira, é ainda abordada a questão dos equipamentos de proteção individual “completamente obsoletos”. A Direção e o Comando referem que a informação veiculada é “completamente descabida e descontextualizada”, já que os equipamentos “cumprem todos os requisitos legais em vigor”.

Já relativamente às más condições infraestruturais do quartel, os líderes da corporação referem que “está em curso” o projeto de “remodelação e ampliação” da infraestrutura. “Neste contexto e tendo em atenção a profunda remodelação que ambicionamos para o quartel, não faz sentido fazer investimentos avultados em obras que a posteriori serão para modificar”, referem.

E dão conta que têm feito obras de “conservação para o quotidiano”, para responder a “curto prazo”, tais como “eletricidade, pichelaria, pinturas pontuais, assegurando-se, deste modo, todas as condições de higiene, segurança e bem-estar para todos os que trabalham na associação”.

O comandante Luís Morais e o presidente da direção Paulo Rocha mostram-se, em comunicado, “inteiramente disponíveis para prestar esclarecimentos a qualquer associado, associação sindical ou público em geral quer através de correio eletrónico ou pessoalmente, desde que o faça em local próprio e dentro das condições estabelecidas pelos Estatutos em vigor nesta associação”.

 
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