Há cada vez mais casos em Tribunal de violência doméstica. Muitos deles envolvendo alcoolismo e com a mulher como vítima. O último, julgado há dias no Tribunal de Braga, envolve um homem de Palmeira de Faro, Esposende, condenado a cinco anos de prisão, suspensos por igual período, por bater na mulher e no filho, quando este tentava proteger a mãe.
O homem, de nome Francisco, de 43 anos, foi condenado por violência doméstica (três anos e oito meses), por posse de arma proibida (um ano de prisão), e por condução em estado de embriaguez (10 meses). O cúmulo jurídico ficou em cinco anos, suspensos, mas com a condição de mudar de comportamento e deixar de importunar a família.
O arguido casara-se em 1997 com a ex-mulher, de quem teve dois filhos. Inicialmente viviam em casa dos pais dele mas, em 2011, compraram casa na zona. Com o passar dos anos, o Francisco começou a alcoolizar-se. O que se agravou em 2017: chegava a casa bebâdo e insultava a mulher, dando-lhe murros, como sucedeu em março quando lhe atingiu um braço. Dizia que ela tinha outro.
Em maio, e depois de um tratamento médico à adição do álcool, recomeçou a beber e ameaçou a mulher e o filho, chegando a vias de facto com mais um murro. Então, a ex-companheira saiu de casa e foi para uma de família. Mas regressou, porque o marido fora fazer mais um tratamento e ela queria dar-lhe nova oportunidade. O que se revelou inútil, dado que ele manteve a mesma postura violenta e, agora, com ameaças de morte: “vou-vos matar aos dois”, terá dito, a ela e ao filho, empunhando uma faca que escondera debaixo do colchão.
O caso acabou na GNR e no Tribunal. Onde o arguido ficou, ainda, sujeito a tratar-se, de vez, à dependência da bebida. Sob pena de ir cumprir cinco anos de cadeia.