Declarações após o jogo Arouca – Moreirense (1-0), da 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol, disputado hoje no Estádio Municipal de Arouca, em Arouca:
– César Peixoto (treinador do Moreirense): “Eu acho que não foi um bom jogo de parte a parte, sinceramente. O tempo e a relva também não ajudaram muito, foi um jogo repartido. Nós saímos muitas vezes em transição e nunca acabámos por definir bem as transições. Estivemos várias vezes em situações de quatro para três, de três para dois, e não decidimos muito bem.
Na primeira parte, tivemos alguma dificuldade em controlar o espaço interior e sabíamos que era importante fazê-lo. Também faltou-nos ganhar duelos e segundas bolas. Corrigimos algumas coisas na segunda parte e penso que equilibrámos mais o jogo. Tivemos duas, três saídas em transição que não aproveitámos e, depois, acabámos por cometer o erro do golo e fomos algo passivos.
É claro que, sendo um plantel curto e saindo jogadores, tem também de haver entradas necessariamente, mas acredito que a estrutura irá tratar disso.
Temos de dar a volta e tentar ter uma vitória que nos vá transformar de novo. Acho que é o que está a faltar, esse clique de vitória. É continuar a acreditar no processo, esperar que feche o mercado e que entre gente que nos venha ajudar”.
– Vasco Seabra (treinador do Arouca): “São quatro jogos em que fazemos oito pontos, seis em que fazemos 11. Isto é motivador porque é sinal do crescimento da equipa, que, em termos de qualidade e consistência do jogo, está a dar frutos, em resultados.
Foi uma primeira parte de domínio praticamente absoluto nosso. Tivemos só duas transições em que permitimos que o Moreirense chegasse à frente. Nós tivemos bola, a atrair a pressão e a conseguir encontrar espaço por dentro ou por fora, e criámos quatro situações muito claras para finalizar. Foi um primeiro tempo muito completo.
Ao intervalo, o resultado era desajustado perante aquilo que nós tínhamos feito. Na segunda parte, houve um jogo mais de duelos, contacto, muita chuva, num terreno mais difícil, em que era mais difícil controlar a bola.
De qualquer das formas, a equipa continuou a tentar, não com a mesma fluidez. Estava mais difícil arriscar passes, mas a equipa manteve-se sempre muito estável defensivamente e conseguiu chegar-se à frente também. O resultado é justo.
Quando chegámos, o plantel era muito extenso e, neste momento, está praticamente fechado, salvo uma ou outra situação que possa acontecer. De qualquer das formas, eu sinto-me confiante com o plantel, com dois por posição e, nos médios e no ponta de lança, até três”.
