O Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), em Famalicão, vai ganhar novas instalações, num investimento total que poderá ascender a 2,3 milhões de euros, foi hoje anunciado.
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O CEO do CeNTI, Braz Costa, disse à Lusa que a construção do edifício deverá avançar “a todo o momento”, tendo a obra sido adjudicada por 1,3 milhões de euros, com um prazo de execução de cinco meses.
Numa segunda fase, que se poderá prolongar por dois anos, terá lugar a adaptação do interior, a instalação de equipamentos e construção de laboratórios, num investimento que andará “entre os 700 mil e o milhão de euros”.
Atualmente, o CeNTI ocupa instalações do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).
“As novas instalações são absolutamente essenciais, não só porque o CeNTI já ocupou tudo o que havia para ocupar, mas também porque o CITEVE precisa dos espaços que o CeNTI está a ocupar”, referiu Braz Costa.
Criado em 2006, o CeNTI tem como membros associados fundadores o Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE), a Universidade do Minho, as universidades do Porto e de Aveiro e o Centro Tecnológico das Indústrias do Couro (CTIC).
As novas instalações serão construídas no terreno atualmente ocupado pelas hortas urbanas, segundo anunciou hoje o município de Vila Nova de Famalicão.
Em comunicado, o município acrescenta que as hortas serão deslocalizadas para terrenos situados entre a Avenida dos Descobrimentos e o leito do Rio Pelhe, no centro da cidade, junto ao campo da feira.
“Famalicão vai fixar e desenvolver uma infraestrutura de vanguarda mundial, que vai dar mais força e amplitude ao notável trabalho que o CITEVE tem desenvolvido em Portugal a partir de Vila Nova de Famalicão”, refere o presidente da Câmara, Paulo Cunha.
As novas hortas urbanas vão ocupar uma área total superior a 21 mil metros quadrados, quando as atuais estão numa zona de implementação com 11,7 mil metros quadrados.
A deslocalização vai incluir a criação de uma zona pedonal ribeirinha de utilização pública, entre a Avenida Rebelo Mesquita e a Avenida dos Descobrimentos.
“Teremos, assim, um novo espaço verde de proximidade na cidade, com mais hortas urbanas, igualmente próximas dos cidadãos que as fazem, com um percurso pedonal ecológico novo. É um espaço central com múltiplas capacidades, que garante a todos os hortelãos atuais a continuidade da sua atividade, mas que abre a porta a novos utilizadores, pois haverá mais talhões, e a fruição do espaço ribeirinho a todos os cidadãos”, explicou Paulo Cunha.