O Centro de Computação Gráfica (CCG), de Guimarães, em parceria com as escolas de enfermagem da UMinho e do Porto, está a desenvolver o projeto “ALERTFALLS” (alerta de quedas) que tem como objetivo principal o da “prevenção de quedas das pessoas mais idosas que se encontram a viver sozinhas, isoladas da família e afastadas dos cuidados de saúde”. A iniciativa, que decorre em 2018/19, é financiada pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), através do Programa Operacional Regional do Norte (NORTE2020).
O organismo sublinha, a propósito, que “o objetivo do ALERTFALLS passa pelo desenvolvimento de uma aplicação para o registo de dados e para o cálculo do risco de queda em pessoas mais velhas a viverem sós, ajudando a prevenir esta grave situação”.
O CCG adianta que “trabalhará na especificação técnica, no desenvolvimento e na implementação de testes de uma solução móvel para dispositivos Android (smartphones e tablets), para o registo no terreno de informações relativas a idosos que vivem sós”.
Laborará igualmente na especificação técnica, no desenvolvimento e na implementação de testes do servidor que dará suporte à aplicação móvel, incluindo o portal web e os “webservices” necessários para a troca de dados.
As quedas – salienta – “são internacionalmente reconhecidas como um evento crítico e são comumente reportadas como um incidente de segurança responsável pelo aumento da mortalidade, e também da morbilidade. Para além dos graves problemas de saúde nos idosos, estes incidentes acarretam significativos custos económicos”.
Estas quedas – prossegue – “podem acontecer em múltiplos contextos, ocorrendo com frequência no domicílio da pessoa idosa, quer no interior, quer no exterior do lar, no jardim, por exemplo.” A evidência sugere que “muitos idosos que vivem sós caem, mas não reportam o episódio aos familiares e/ou aos prestadores de cuidados de saúde, comprometendo toda a veracidade das estatísticas existentes sobre este assunto”.
Na prática, viver só comporta um alto risco de queda. Em Portugal, onde existem muitas pessoas idosas, este problema é uma realidade.