O presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, disse hoje acreditar que a região tem condições para “antecipar” as metas de descarbonização, sobretudo pelo seu “perfil” e “capacidade intrínseca”.
“Um dos objetivos que temos na região e em que acreditamos muito é que conseguiremos antecipar as metas de descarbonização”, afirmou, em declarações à agência Lusa, António Cunha.
À margem da 6.ª edição do fórum anual da European Metropolitan Authorities (EMA), o presidente da CCDR-N elencou vários motivos para a região antecipar tais metas, entre os quais, a produção de energia a partir de fontes renováveis.
“Portugal é um dos países com melhor registo do ponto de vista de produção de energia a partir de fontes renováveis, essa energia é fundamentalmente produzida na região Norte. A capacidade que a região tem vai aumentar no futuro com o início do funcionamento das barragens do Tâmega, do reforço da capacidade eólica que temos por melhoria da potencia dos sistemas instalados e com o pleno funcionamento da instalação offshore de Viana do Castelo”, salientou.
António Cunha destacou ainda a “capacidade intrínseca” e o “perfil” da região Norte como principais motores para atingir o objetivo da neutralidade carbónica.
“Aqui temos uma capacidade intrínseca muito maior e somos a região mais industrial e exportadora do país (…) temos condições para isso e a nossa realidade permite trabalhar neste domínio”, acrescentou.
As áreas metropolitanas de 21 países europeus comprometeram-se hoje, no Porto, a avançar com medidas para a neutralidade climática, defendendo uma abordagem metropolitana nas políticas europeias, onde querem ter um papel mais decisivo.
A sexta edição do fórum anual da European Metropolitan Authorities (EMA), que decorre até sábado na Alfândega do Porto, reúne cerca de 120 participantes, mais de metade representantes das áreas metropolitanas europeias.
Organizada pela Área Metropolitana do Porto (AMP), em parceria com a Área Metropolitana de Barcelona, a iniciativa tem como foco a recuperação financeira metropolitana após a pandemia covid-19 e a transição para cidades mais sustentáveis e inteligentes, com um eixo especial dedicado ao transporte e à mobilidade.
A iniciativa pretende discutir os principais desafios da governação metropolitana, com o objetivo de definir as bases para a colaboração entre as metrópoles europeias e as suas relações com as instituições europeias e os governos nacionais.