A Câmara de Póvoa de Lanhoso vai avançar, este ano, com a musealização das ruínas da “villa” romana de Via Cova, após escavações arqueológicas que decorreram desde 2014, informou esta quarta o vereador da Cultura.
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Armando Fernandes disse que aquela “villa” foi detetada na década de 90, na sequência de um loteamento previsto para o local.
“O dono do loteamento informou a Câmara de que tinham sido encontrados vestígios arqueológicos no local e a obra já não avançou”, acrescentou.
No local, foram entretanto realizadas escavações arqueológicas, decorrendo, neste momento, o processo de tratamento do material recolhido.
“Trata-se de uma fase mais minuciosa de identificação e tratamento do espólio, criando condições para que depois possa ser mostrado publicamente”, explicou, sublinhando que todo este processo contou com o trabalho voluntário de dezenas de pessoas.
Segundo Armando Fernandes, das escavações arqueológicas resultou um “conjunto significativo” de espólio, que “permitirá compreender e, até, desmistificar o ‘modus vivendi’ dos romanos, que se fixaram no concelho da Póvoa de Lanhoso no decorrer do século I antes de Cristo”.
O autarca acrescentou que o estudo do material possibilitará ainda avaliar a evolução que os artefactos foram sofrendo ao longo dos séculos, “evidenciando, por outro lado, a importância que a própria ‘villa’ romana teve no processo de romanização dos povoados castrejos dispersos pelo concelho”.
Entre os vestígios encontrados, contam-se “inúmeros “fragmentos de cerâmica comum romana, uma mó manual, dois pesos de tear, uma moeda em cobre e uma possível gadanha.
Os resultados deste trabalho ficarão patentes ao público, no final de março, na Sala de Interpretação do Território, sediada na Casa da Botica.