A antiga fábrica de sabonetes Confiança, situada em São Victor, Braga, deve ser vendida até ao final de 2018, ou nos princípios de 2019. “Os serviços camarários vão preparar o regulamento da hasta pública”, adiantou a O MINHO, o presidente da Câmara, Ricardo Rio.
A venda foi aprovada na madrugada de sexta feira pela Assembleia Municipal de Braga com os votos contra da oposição socialista, bloquista e comunista e sob contestação de alguns cidadãos presentes na reunião. 44 votos a favor e 29 contra.
A hasta pública pode, no entanto, vir a ser contrariada por via judicial, através de uma providência cautelar no Tribunal Administrativo de Braga, o que está a ser ponderado por um grupo de cidadãos. Entre eles está o jurista Luís Tarroso Gomes que protagonizou idêntica providência para tentar impedir a construção de um hipermercado na Rua 25 de abril. O Tribunal não aceitou o pedido e a ação principal irá, agora, ser julgada, ainda que, dados os crónicos atrasos daquele Tribunal, tal só deva suceder dentro de dois anos.
A Confiança foi expropriada em 2012 pela Câmara, gerida pelo socialista Mesquita Machado, por 3,5 milhões. Uma decisão que teve apoio de Ricardo Rio, então na oposição.

Seis anos depois, como a Câmara não conseguiu apoio de fundos comunitários para a recuperação e transformação da Confiança, o Executivo de Ricardo Rio decidiu alienar o edifício, o qual se encontra em avançado estado de degradação.
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A oposição, PS, PCP e BE, discorda, e o mesmo faz o tal grupo de cidadãos que fala “em falta de vontade política” para salvar o único exemplar que resta da antiga indústria tradicional da cidade.