Bruno Fernandes, anunciou, esta segunda-feira, a sua candidatura à Câmara Municipal de Guimarães, no Cineteatro São Mamede. O presidente do PSD Guimarães encabeça a coligação Juntos por Guimarães (PSD e CDS) e apresenta-se sob o lema de “uma nova energia”.
Dadas a limitações sanitárias a candidatura foi apresentada apenas com a presença da imprensa. A “comunicação aos vimaranenses”, como lhe chamou o candidato, vai ser difundida nas redes sociais, a partir da 21h30.
Bruno Fernandes começou por afirmar que tem “noção do desafio que é liderar um dos municípios mais importantes do país”, mas afirma que o move “a férrea convicção que Guimarães necessita de uma nova energia que faça da nossa história o nosso futuro”. O candidato recordou “o legado extraordinário dos nossos antepassados”, porém afirma a necessidade de avançar para “conquistas deste novo tempo”.
Bruno Fernandes afirma que, desde os seus primeiros tempos de militância na JSD aquilo que o move é a vontade de “ser útil à minha comunidade”. O líder dos sociais-democratas de Guimarães recorda o tempo (12 anos) que passou como chefe de gabinete do presidente da Câmara da Póvoa de Lanhoso e afirma que lhe ficou uma convicção: “Nunca esquecer que os cidadãos e os seus problemas estão em primeiro lugar. Especialmente as necessidades dos idosos e dos cidadãos mais desprotegidos”.
“Respeito muito o passado e as opções legítimas dos vimaranenses” e assegura que não se candidata contra ninguém. Mas vai deixando no ar que, na sua opinião, “o concelho de Guimarães pode ser ainda melhor. Pode proporcionar ainda melhores condições para se viver, para se visitar e para se trabalhar. Para isso, temos de ter mais ambição”.
O Partido Socialista está “cansado”
“É normal que, depois de três décadas, haja cansaço”, observa Bruno Fernandes, que pretende afirmar-se como “uma nova energia” face a este cansaço. “É por isso que eu acredito que fará bem a Guimarães uma lufada de ar fresco na gestão da sua autarquia”, conclui.
A habitação e a questão da demografia recessiva, mas também o emprego e o problema da falta de competitividade para atrair e fixar empresas, a universidade, a transição digital e o empreendedorismo jovem, tiveram lugar no discurso de Bruno Fernandes.
O candidato da coligação PSD/CDS relacionou cultura, história e tradição, e sublinhou que “o Município não deve substituir o movimento associativo, tem sim a responsabilidade de ser parceiro e de ser agente impulsionador do desenvolvimento coletivo”.
Não faltou uma referência ao sempre presente problema da mobilidade. “Continuamos a ter problemas brutais na mobilidade, sendo, por exemplo, um martírio chegar às freguesias do sul do concelho. Ainda ansiamos por uma rede de transportes públicos que teima em não servir todo o território”, enumerou Bruno Fernandes, para exemplificar aquilo que na sua opinião falta fazer.
“Temos de recolocar Guimarães como uma referência nas cidades médias europeias. O que vamos assistindo nos últimos anos é precisamente a um retrocesso da nossa afirmação e liderança regional”, afirma Bruno Fernandes. O candidato lembra que há grandes projetos industriais a fugir para outros concelhos, por falta de competitividade de Guimarães.
Talvez pela experiência que teve como presidente da Junta de Freguesia de São Torcato, Bruno Fernandes anunciou uma maior autonomia financeira para estes órgãos.
A promessa de Plano de Recuperação Económico e Social
Relativamente ao relançamento da economia, Bruno Fernandes prometeu um Plano de Recuperação Económico e Social dos sectores mais vulneráveis e mais afetados pela pandemia no nosso concelho. “Seria uma irresponsabilidade ignorar esta realidade. Temos de recuperar a microeconomia que teve de parar durante meses a fio. Nos próximos meses temos de ter respostas concretas para que nenhuma associação de âmbito social, cultural ou desportiva feche as suas portas em consequência dos efeitos da pandemia”, garantiu. Bruno Fernandes defende que “uma parte do orçamento municipal dos próximos anos seja orientada para este plano”.
“Temos de recuperar os cafés, os restaurantes, os hotéis, as empresas de turismo, os agentes culturais que tiveram prejuízos enormes durante meses a fio”, remata Bruno Fernandes.
Bruno Fernandes tem 43 anos, é natural de São Torcato, Guimarães, licenciado em Contabilidade e Administração pelo Instituto Politécnico do Porto, é casado com uma professora e pai de dois rapazes. Trabalha desde os 17 anos, primeiro na contabilidade de uma empresa têxtil, mais tarde, já licenciado, trabalhou na Arthur Andersen e na Delloit, passou pelo Governo Civil de Braga, pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, como chefe de gabinete do presidente da Câmara e é, atualmente, diretor da Escola Profissional do Alto-Ave. É vereador, eleito pelo PSD, na Câmara Municipal de Guimarães, desde 2017.