O PS de Braga vai votar contra o Orçamento e o Plano de Atividades da Câmara para 2024 por considerar que, pouco ou nada traz de novo, a não ser a continuação de obras já iniciadas em 2023.
Em declarações a O MINHO, o vereador Artur Feio disse que em 2024, e para além do concurso público para a musealização da Ínsula romana das Carvalheiras, por 3,8 milhões de euros, nada mais do que é precisa fazer vai arrancar: “não há nada de novo no que toca ao Nó de Ínfias, à anunciada obra no antigo cinema S. Geraldo, ao pavilhão Flávio Sá Leite, ao campo de futebol de Gualtar ou ao Estádio 1.º de maio. Fica tudo para concluir no próximo mandato! Apenas teremos avanços na requalificação da Casa dos Crivos e no Museu da Imagem, estrutras culturais que a Câmara mantém fechadas”, lamentou.
O autarca socialista diz que o crescimento do Orçamento, o maior de sempre com 195 milhões de euros, se deve, essencialmente, às verbas que chegam devido à descentralização de competências do Estado central e às do PRR, neste caso para a obra de transformação da antiga fábrica Confiança em residência universitária, para os centros de saúe de para o BRT (Autocarro de Transporte Rápido).
Sobre o BRT, Artur Feio critica a opção de Ricardo Rio de passar o projeto para os TUB-Transportes Urbanos de Braga, argumentando que esta empresa municipal não tem tradição de realização de obras nem quadros suficientes para o preparar: “foram buscar um técnico à Transdev, mas este foi-se embora ao fim de seis meses”, assinalou, frisando que as promessas da maioria PS/CDS na última campanha eleitoral ficam, assim, por cumprir.
Diz, ainda, que não se compreende que a Autarquia gaste oito milhões de euros na compra de serviços externos, em estudos, consultadoria e projetos:”este ano entraram 70 quadros técnicos na Câmara e em 2024 vão entrar mais. Porque é que é preciso recorrer a serviços externos?”, pergunta.
E, a concluir, o líder dos vereadores do PS ironiza: “estamos todos à espera do resultado de algumas obras em curso, como a da Avenida da Liberdade, para vermos se se confirma um caos ainda maior no trânsito como muitos vaticinam”.