A Arquidiocese de Braga aconselhou os idosos a absterem-se de ir à missa durante os próximos tempos, devido ao surto de Covid-19.
Em comunicado publicado na página da Arquidiocese na Internet, é dirigido um apelo, aos idosos, “mormente os que também são portadores de doenças crónicas”, para que se abstenham “até de participar na eucaristia, a não ser com o máximo cuidado, dados os perigos reais que correm e que também fazem correr desnecessariamente aos outros”.
O clero de Braga informa, também, que “enquanto não houver determinação superior em contrário, manter-se-ão as eucaristias e o lausperene quaresmal” e que, “nas atuais circunstâncias”, a hóstia da comunhão deve ser recebida apenas na mão e não na boca.
No comunicado, divulgado ontem, é aproveitado para avisar os católicos de Braga de que “é pecado grave infringir os cuidados recomendados que favorecem a saúde pública”.
“Por isso, a autoexigência de colaboração e cooperação com o que as autoridades públicas nos propõem, constitui uma obrigação acrescida para quem se afirma cristão”, referem os párocos e capelães da cidade de Braga no documento.
Numa carta divulgada esta quinta-feira, o Arcebispo de Braga pede que se “observem todas as recomendações do Ministério da Saúde relativas aos Centros de Dia e Lares de Idosos”.
“As visitas devem ser evitadas, ou mesmo restritas, assim como um cuidado atento aos processos de higienização pessoal e desinfeção dos espaços”, aconselhou Jorge Ortiga.
Em Portugal, a Direção Geral da Saúde (DGS) tem 59 infetados com o novo coronavírus.
A região Norte continua a registar o maior número de casos confirmados (36), seguida da Grande Lisboa (17) e das regiões Centro e do Algarve (três cada).
O boletim divulgado hoje assinala também que há 83 casos a aguardar resultado laboratorial e 3.066 contactos em vigilância, um aumento face aos 667 divulgados na terça-feira.
No total, desde o início da epidemia, a DGS registou 471 casos suspeitos.
As medidas já adotadas em Portugal para conter a epidemia incluem, entre outras, a suspensão das ligações aéreas com a Itália, a suspensão ou condicionamento de visitas a hospitais, lares e prisões, e a realização de jogos de futebol sem público.