A Câmara de Braga debate e vota, esta segunda-feira, uma proposta para a abertura de um procedimento para elaboração de um regulamento que concretize os benefícios sociais a atribuir aos voluntários dos bombeiros, à estrutura de emergência da Cruz Vermelha Portuguesa e às unidades locais de Proteção Civil do município.
A iniciativa, do pelouro de vereador Altino Bessa tem em conta que “o importante papel dos Voluntários no socorro às populações em caso de incêndio, de acidentes ou catástrofes, atingiu um reconhecimento incontestável pela sociedade, hoje mais ciente das duras condições de trabalho com que estas mulheres e homens se deparam diariamente no terreno, velando pelo bem-estar de todos com dedicação, empenhamento e sacrifício pessoal e familiar”.
E, prosseguindo, diz a proposta: “Esta realidade não é alheia ao Município que, apesar de deter um Corpo de Bombeiros Profissional, tem verificado um aumento, a todos os níveis notável, não só no número de residentes, mas também no que toca à concentração de serviços, indústria e outras atividades que têm, consequentemente, representado um aumento do risco e nessa sequência uma maior necessidade de resposta a ocorrências de proteção e socorro”.
“Muitos são os que com abnegação, altruísmo, solidariedade e heroísmo se dedicam à causa do Voluntariado no socorro às populações, sendo de inteira justiça que estes Homens e Mulheres sejam lembrados, acarinhados e compensados pelo seu esforço e dedicação em prol dos outros”, acentua. O vereador sublinha, ainda, que o Município, consciente que a importância da atividade desenvolvida por estes Voluntários é reveladora de coragem, disponibilidade de serviço ao próximo sem, nunca, esperar rigorosamente nada em troca, merece justamente ser publicamente reconhecida, acarinhada e enaltecida”.
Acautelar bombeiros e famílias
De igual modo, – acrescenta o documento -”esta atividade tem riscos associados e, por isso, é imperativo, acautelar, em caso de acidente, os bombeiros, bem como as suas famílias. Torna-se, assim, fundamental o estabelecimento, por via normativa, da concessão de direitos e regalias, bem como a definição das obrigações e regras a serem observadas pelos Voluntários no exercício das funções que lhe foram confiadas”.
O Regulamento – salienta, ainda – “permitirá o reconhecimento público da ação meritória dos Voluntários e fomentará o exercício de uma atividade com especial relevância para a comunidade, em regime de voluntariado”.
E conclui: “A ponderação dos custos e benefícios das medidas projetadas são valorizadas com uma maior disponibilidade e bem-estar dos beneficiários através destes mecanismos de auxílio socioeconómico”.