‘LãnoLinho’, a exposição inaugurada no Arquivo Municipal de Fafe – permanecerá até a 30 setembro –, mais que um trabalho conjunto das artistas Cindy Steiler e Mónica Faria é também o envolvimento com a comunidade e o que dele pode representar para o território e sua projeção.
“Esta exposição pode reavivar estes dois materiais nobres como a lã e o linho, mas também dar um impulso reforçado em relação ao trabalho anteriormente realizado com a palha e a exposição ‘Conversar. Entre o Corpo e a Palha’”, explicou a vereadora Paula Nogueira, acrescentando que “através das artes, através da lã e do linho, podemos abrir a porta a artistas e jovens para projetos que podem ganhar outra dimensão internacional”.
Paula Nogueira enfatizou a importância do envolvimento da comunidade – “o vosso trabalho, o vosso saber, experiência e generosidade são a nossa grande riqueza” –, da mesma forma que sublinhou a relevância desta exposição ‘LãnoLinho’ poder “reavivar estes dois materiais nobres e que tanto dizem do nosso património e etnografia”.
Uma ideia também reforçada pelo presidente da Câmara, Antero Barbosa Fernandes, que não só realçou a importância das gentes de Fafe “partilharem o saber fazer e o saber criar”, como sustentou a ideia de que estas exposições no âmbito da Arte Têxtil Contemporânea acrescentam valor à promoção do território.
A exposição ‘LãnoLinho’ resulta das residências artísticas desenvolvidas pelas artistas Cindy Steiler e Mónica Faria no território de Fafe e suas comunidades, e que se traduziu “numa experiência fantástica”.
A artista norte-americana relevou ainda “o mês de imensa partilha em que as pessoas estiveram totalmente disponíveis para partilhar experiências”, da mesma forma que a artista portuguesa recordou os momentos em que foram “recordadas muitas histórias de quando eram pequenas” e davam os primeiros passos na arte de trabalhar a lã e o linho.
‘LãnoLinho’ insere-se nas iniciativas ‘Experimentar o têxtil’ realizadas no território do Vale do Ave pela bienal Contextile, com o propósito de ligar as diversas realidades do têxtil entre si e ligar os públicos e as comunidades aos processos de criação em torno do têxtil, e estará presente no Arquivo Municipal de Fafe até 30 de setembro.
