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Bispos pedem às dioceses para cancelarem missas ao sábado e domingo à tarde
Covid-19
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A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) avisou hoje que, face ao recolher obrigatório determinado para os dois próximos fins de semana a partir das 13:00, as dioceses devem reagendar as celebrações vespertinas e restantes atividades para outros horários.
“Esta medida, compreensível na situação de limite a que estamos já a chegar em termos do sistema de saúde, coloca muitas dificuldades às nossas atividades eclesiais, sobretudo nas tardes de sábado e domingo”, admite a CEP em comunicado, acrescentando que, “até ver se haverá margem de outras intervenções, cada diocese verá o melhor modo de adaptar as suas celebrações vespertinas e outras atividades para outros horários”.
Como exemplo avança o caso da diocese de Setúbal, que decidiu que, “onde for possível e conveniente, as missas vespertinas podem ter lugar também nos sábados de manhã”.
Afirmando ter sido “surpreendida” com as novas restrições à circulação anunciadas esta madrugada pelo primeiro-ministro, António Costa, a Conferência Episcopal Portuguesa diz que na sua próxima assembleia plenária, que se inicia na quarta-feira, “haverá ocasião para abordar em comum estas orientações”.
Também prevista, para as 11:00 do próximo sábado, está a celebração de uma missa pelas vítimas da pandemia em Portugal na Basílica da Santíssima Trindade, no Santuário de Fátima.
O Governo anunciou hoje o recolher obrigatório entre as 23:00 e as 05:00 nos dias de semana, a partir de segunda-feira e até 23 de novembro, nos 121 municípios mais afetados pela pandemia, sendo que, ao fim de semana, o recolher obrigatório inicia-se a partir das 13:00 nos mesmos 121 concelhos.
“Temos a nítida noção de que o convívio social tem um contributo muito importante para a disseminação” do contágio e que a propagação se desenvolve no período pós laboral, afirmou António Costa, que falava após a meia-noite, no final da reunião do Conselho de Ministros extraordinário, no Palácio da Ajuda, em Lisboa, para concretizar as medidas do estado de emergência que vai vigorar entre segunda-feira, dia 09, e 23 de novembro.
Portugal contabiliza hoje mais 48 mortos relacionados com a covid-19 e 5.784 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 2.740 mortes e 179.24 casos de infeção, estando hoje ativos 76.647 casos, mais 3.702 do que no sábado.
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O Instituto de Medicina Legal indicou hoje que reforçou a “capacidade de frio” nos serviços médico-legais e hospitais para que, face ao aumento da mortalidade em contexto de pandemia, os cadáveres possam ser “conservados adequada e dignamente”.
Numa nota à comunicação social, o Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses (INMLCF) refere que “procedeu ao reforço da capacidade de frio em 15 dos seus serviços médico-legais”, acrescentando que tal medida “tem permitido garantir que os corpos que neles dão entrada direta sejam conservados adequada e dignamente”.
O INMLCF adianta que “estendeu” o reforço da “capacidade” de frio aos hospitais, “permitindo a conservação, nos termos referidos”, dos “corpos das pessoas que neles vêm falecendo de covid-19”.
“Sempre que tal se revelar necessário, o INMLCF voltará a robustecer esta capacidade”, conclui a nota.
A nota do INMLCF surge depois de ser conhecido que a Direção-Geral da Saúde (DGS) pediu ao instituto soluções para aumentar capacidade de frigoríficos junto das unidades de saúde caso seja necessário e que solicitou aos hospitais que agilizem a transferência de informação para as funerárias.
Segundo a Associação Nacional das Empresas Lutuosas (ANEL), há “hospitais públicos em rutura generalizada, sem disponibilidade de equipamentos de frio para preservação dos cadáveres”.
Alguns hospitais do país recorreram a contentores refrigerados para reforçar a capacidade das suas morgues.
A ANEL reclama que sejam criadas condições que assegurem a preservação dos corpos com dignidade até à realização dos funerais, face ao pico de óbitos que está a deixar o sistema em rutura.
Portugal registou hoje o maior número de mortes (234) por covid-19 desde o início da pandemia e 13.987 novos casos de infeção, de acordo com o balanço diário da DGS.
Já morreram em Portugal 9.920 pessoas dos 609.136 casos de infeção confirmados.
A covid-19 é uma doença respiratória causada por um novo coronavírus (tipo de vírus) detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e que se disseminou rapidamente pelo mundo.
O número de mortes em Portugal durante 2020 foi 10,6 % maior em relação à média dos anteriores cinco anos, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística, que registou 123.409 óbitos, mais 12.220 do que entre 2015 e 2019.
Em 31 de dezembro registavam-se 6.906 mortes atribuídas à covid-19, ou seja, 56% do excesso de mortalidade de 2020 em relação à média 2015-2019.

A nova variante sul-africana já foi detetada em Portugal, com um novo caso a surgir na zona de Lisboa e Vale do Tejo.
A informação é avançada pela TVI, que confirmou a mesma junto do Instituto Nacional de Saude.
Uma investigação sugere que a variante do SARS-CoV-2 detetada na África do Sul se espalha 50% mais rápido e que os anticorpos naturais são menos eficazes, segundo cientistas sul-africanos, que acrescentam que esta não provoca doenças mais graves.
“Há limitações sobre o que podemos ver num laboratório, por isso temos de esperar pelos dados dos ensaios clínicos para compreender a gravidade da resistência das novas variantes às vacinas”, disse a professora Penny More, do Instituto nacional de Doenças Transmissíveis (NICD, em ingês), numa reunião de especialistas liderada pelo ministro da Saúde sul-africano, Zweli Mkhize, citada pela agência noticiosa Efe.
Apesar de assinalarem que o vírus “se está a adaptar”, os cientistas assinalaram que isso “não significa que as vacinas não funcionem”, argumentando que estas são complexas e podem provocar múltiplos tipos de imunidade.
Os dados recolhidos até agora mostraram também que a nova variante sul-africana do novo coronavírus, nomeada 501Y.V2, não acompanha uma maior taxa de morbilidade, embora o aumento da pressão do sistema de saúde possa estar por detrás de mais mortes.
“As taxas de mortalidade mais elevadas refletem uma pressão crescente sobre o sistema de saúde. Mesmo que haja mais mortes na segunda vaga, não há diferença entre as taxas de mortalidade da primeira e da segunda vaga”, disse Waasila Jassat, também do NICD.
Os cientistas sublinharam a importância de estudar geneticamente o vírus, algo que o professor Tulio de Oliveira, diretor da plataforma científica da Universidade de KwaZulu-Natal, que coordena a análise genética do vírus a nível nacional, disse que isto permitiu “identificar esta variante assim que possível”.
No caso da imunidade face a segundas infeções, os investigadores afirmam é necessário ter mais dados.
Ainda assim, estes consideram que os estudos “estão a mostrar que os anticorpos naturais produzidos a partir de uma primeira infeção não são tão eficazes”.
A África do Sul tinha mantido as infeções sob controlo desde agosto, após meses em que não era apenas o país mais afetado em África pela covid-19, como a quinta nação mais atingida pela pandemia.
No entanto, nos últimos meses, o número de novos casos cresceu rapidamente.

É esta a chave do sorteio do Euromilhões desta sexta-feira, 22 de janeiro: 8, 16, 42, 44 e 47 (números) e 6 e 7 (estrelas).
Em jogo para o primeiro prémio está um valor de 79 milhões de euros.
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