Um adepto FC Porto de 23 anos foi detido com um engenho pirotécnico escondido, quando entrava no acesso ao Estádio Municipal de Braga, para o jogo com o Sporting, da segunda meia final da Taça da Liga/CTT, segundo revelou já esta quinta-feira O MINHO o comandante operacional do policiamento, o subintendente Pedro Colaço, fazendo um balanço da operação policial.
Segundo aquele oficial superior da PSP, a detenção ocorreu quando o adepto se preparava para entrar pela zona das bilheteiras, a destinada aos simpatizantes do FC Porto, tendo sido o único facto de relevo num jogo histórico e que praticamente lotou o Estádio Municipal de Braga, onde não uma única escaramuça, o que é inédito no histórico entre todos os grandes jogos, em Braga, já desde a realização do Campeonato Euro-2004.
Em declarações a O MINHO, o subintendente Pedro Colado, chefe da Área de Operações do Comando Distrital da PSP de Braga, questionado acerca do contentamento, por parte dos organizadores da competição, de todo o espetáculo ter decorrido sempre sem qualquer tipo de incidentes, enumerou desde logo “as duas principais razões” para o êxito da ação.
“Desde logo isso só foi possível devido ao grande profissionalismo dos elementos da PSP e que uma vez mais deram provas da sua aplicação seguindo à risca tudo aquilo que estava planeado ao pormenor há cerca de três semanas, fruto de muito trabalho”, afirmou aquele oficial superior da Polícia de Segurança Pública, revelando ainda outras razões do êxito.
“A separação estanque dos adeptos em bancadas diametralmente opostas e a colocação de efectivos da PSP em locais fundamentais e estratégicos ao longo do percurso de ambas as claques e de outros adeptos dos dois clubes” é outra razão apontada pelo subintendente Pedro Colaço, destacando que aos simpatizantes do Sporting e FC Porto “houve também como sempre a ajuda da Polícia nos acessos ao recinto”.
Outro aspeto importante, de acordo com a perspetiva do subintendente Pedro Colaço, foi “terem aceite a retirada das roulotes” junto da chamada Rotunda do Estádio, no logo início da Avenida D. Eurico Dias Nogueira, por “é um ponto habitual de confrontos entre vários adeptos rivais”, porque se tratava, até aqui, da única zona de restauração daquele estádio.
A PSP de Braga, ao suprimir um parque de estacionamento na área nascente e tendo sido assim concentrada toda a área de restauração, dentro de uma zona gradeada, permitiu um controlo mais apertado às movimentações dos adeptos do FC Porto e fez o mesmo em relação à zona dos sportinguistas, que com a supressão de um outro parque de estacionamento, na zona poente, tiveram também eles, uma zona de restauração própria.
Os “stuarts” da empresa de segurança privada Anthea também tiveram um papel muito importante, dada a sua interligação permanente com as forças de segurança e de socorro, mas principalmente na vigilância ao comportamento dos adeptos nas respetivas bancadas.
CVP, INEM e Sapadores
Mas a segurança passou também por equipas da Cruz Vermelha Portuguesa, do INEM e dos Bombeiros Sapadores de Braga, tendo esta última corporação 15 elementos apoiados por três viaturas, enquanto a CVP deslocou meios da sua Plataforma Operacional sediada no Porto e o INEM teve cerca de uma dezena de profissionais, entre os quais um médico e um enfermeiro, mas também técnicos de emergência pré-hospitalar em diversos pontos.