A associação de bombeiros e agentes de Proteção Civil Fénix – ANBACP queixou-se hoje de uma alegada falta de meios aéreos por parte do Estado para resgate a vítimas que se encontrem em locais de difícil acesso,
Numa nota enviada às redações, a Fénix – ANBAPC dá conta de um parecer de especialistas que aponta a preponderância que um meio aéreo poderia ter tido no salvamento em, pelo menos, três ocorrências registadas nos concelhos de Terras de Bouro e de Ponte da Barca, todos eles noticiados por O MINHO.
O primeiro caso remonta a 26 de maio de 2020, quando uma mulher caiu de uma altura de 10 metros numa cascata na serra do Gerês. Refere o parecer dos especialistas que teria sido fundamental o apoio do helicóptero, mas o resgate foi feito por 15 operacionais em zona de difícil acesso. O único helicóptero a atender ao local foi o do INEM, que fez o transporte da vítima para o Hospital de Braga.
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Diz o comunicado que, no segundo caso, ocorrido a 06 de junho de 2020, foi utilizado um helicóptero da Força Aérea para o resgate, mas não conseguiu aceder ao local onde se encontrava um homem que escorregou enquanto pescava numa zona erma em Cidadelhe, concelho de Ponte da Barca. Refere o parecer que a vítima teve de ser resgatada por operacionais de Arcos de Valdevez e de Ponte da Barca de uma forma pouco recomendada. Diz ainda que a própria Força Aérea Portuguesa retirou das redes sociais a participação do helicóptero por ter sido, diz o parecer, uma “atuação deficiente”.
Helicóptero da Força Aérea resgatou pescador de uma ravina em Ponte da Barca
O último caso ocorreu neste sábado, nas cascatas do Arado, novamente na serra do Gerês. Não foi acionado qualquer meio aéreo por parte da Proteção Civil, tendo os operacionais da Cruz Vermelha de Rio Caldo, militares da GNR e bombeiros de Terras de Bouro procedido ao resgate numa zona de difícil acesso, percorrendo quase quatro quilómetros de maca em punho, por trilhos, até à ambulância que transportou a vítima para o Hospital de Braga.
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A Associação acusa a Força Aérea de não possuir experiência nos resgates com guincho, de forma a içar a maca com a vítima estabilizada para dentro do helicóptero. Apontam 2015, altura em que os Kamov, pertencentes ainda ao Estado, efetuavam salvamentos e asseguravam “a integridade física da própria vítima”.