Nos últimos dias, dois apicultores viram as suas colmeias serem furtadas na freguesia de Carapeços, no concelho de Barcelos.
No primeiro caso, roubaram todo o mel, deixaram “as abelhas ao abandono”, o que resulou “na extinção da colmeia”, conta fonte próxima do apicultor lesado. No outro, que terá acontecido na noite de sábado para domingo, levaram duas colmeias e três alças cheias de mel.
O prejuízo, só neste segundo caso, é superior a 300 euros, afirma a O MINHO o apicultor lesado, Fernando Guerreiro, conhecido como ‘Alentejano’, vincando que “ia tirar o mel esta semana”.
Há cerca de um ano já lhe tinham “roubado os quadros com criação” e há dois meses assaltaram-lhe o anexo de casa e levaram “máquinas elétricas”. Para além da “burocracia”, a queixa nas autoridades não deu em nada e, por isso, desta vez, nem formalizou queixa.
Fernando ‘Alentejano’, alcunha que ganhou por ser natural do Alentejo, nota que os desconhecidos que furtaram as colmeias sabem bem ao que vão. “Quando as colmeias são de origem, levam-nas todas. Quando são pintadas por nós, já têm a nossa marca, então retiram o conteúdo e deixam ficar a carcaça. Têm os apetrechos todos para fazer o serviço”, explica.
Neste caso, levaram a carrinha até junto das colmeias e terão realizado o furto, de sábado para domingo, entre as 23:00 e as 00:00, ao mesmo tempo que decorriam as festas da freguesia em honra de S. Tiago, com o concerto dos Santamaria, o que serviria para iludir qualquer movimentação estranha.
Fernando ‘Alentejano’ só deu conta do furto na segunda-feira de manhã, quando foi ver as colmeias. E ficou desolado. “Somos obrigados a esmorecer”, lamenta o apicultor, que no Alentejo chegou a ter mais de 600 colmeias, lembrando os problemas da vespa asiática e do aumento dos preços.