O incêndio que deflagrou esta sexta-feira nas encostas do Bom Jesus impressionou a pequena Alice e os pais, Bárbara e Guilherme, sobretudo com a ação dos bombeiros em apagar as chamas.
A criança lembrou-se então de gastar a mesada com uma oferta de paletas de água e barras energéticas aos Bombeiros Voluntários de Braga, depois de ver um apelo lançado por aquela corporação nas redes sociais.
Naturais de Porto Alegre, da zona Sul do Brasil, a família, que tem ainda outra filha de dois anos, não está habituada a ver este tipo de incêndios, tão perto de casas, muito menos a ver um trabalho voluntário de pessoas que se sacrificam para dar término às chamas, salvando populações.
“Ficámos impressionados com o trabalho que é realizado aqui por esses homens e ainda, muitos, voluntários”, disse Bárbara a O MINHO.
Quando Alice, de sete anos, soube que os bombeiros estavam a pedir água, prontificou-se a ir ao mercado comprar água e as barras energéticas para ajudar os operacionais.
“O ato que eles fazem é muito nobre e nós, como sociedade, só podemos retribuir assim, agradecendo e tentando ajudar de alguma forma”, completou a estudante de mestrado na Universidade do Minho.
A residir em Portugal desde novembro de 2018, na freguesia de São Lázaro, o casal não assistiu ao espetáculo grotesco dos grandes incêndios que assolaram Braga em 2017, resultando em centenas de hectares ardidos.
Bárbara sabe o que ardeu em 2017 e confessa que neste último incêndio teve “algum receio”.
“Ficamos muito apreensivos porque os incêndios eram próximos ao Bom Jesus e a locais habitados, mas eu confio nos bombeiros e pelo que avistei aqui de casa agiram de forma muito rápida com pessoal e meios aéreos, mesmo com a baixa humidade e altas temperaturas”, esclareceu.