Começa esta quinta-feira. O caso seguiu para julgamento por falta de acordo. O Tribunal Cível de Braga vai arrancar com as audiências de um julgamento em que os progenitores de um rapaz, agora com 11 anos, mas à data com quatro anos, pedem uma indemnização à empresa municipal do Theatro Circo. Em 2010, o “miúdo” ficou gravemente ferido após uma queda no fosso de orquestra.
O sinistro deu-se a 21 dezembro de 2010, quando o menino, no intervalo de um espetáculo, caiu de uma altura de 9,5 metros, num fosso situado junto ao palco e apenas tapado com um pano preto, que não estava sinalizado nem protegido por qualquer rede ou grade.
A criança, que brincava no corredor, foi de encontro ao pano, e tombou.
O pedido evoca os danos patrimoniais e as sequelas físicas que a queda provocou no menino, com os consequentes prejuízos para a sua evolução.
Em fevereiro de 2015, o diretor técnico foi condenado a 150 dias de multa, à taxa diária de 10 euros, por um crime de ofensa à integridade física por negligência e omissão. Depois do acidente, a anterior administração do Theatro colocou uma grade junto ao fosso, de forma a evitar novas quedas.
A criança, que brincava no corredor, foi de encontro ao pano, e caiu de uma altura de 9,5 metros.
Na sentença, o juiz do Tribunal Criminal, Emídio Rocha Peixoto, manifestou a sua “perplexidade” e “séria preocupação” por, passados quatro anos sobre a queda, o Theatro Circo não ter assumido “qualquer responsabilidade”.
“É chocante. Estamos a falar da grande sala de espetáculos de Braga”, referiu.