Declarações após o encontro Vitória SC–Estoril Praia (3-1), jogo da 19.ª jornada da I Liga portuguesa de futebol:
– Pepa (treinador do Vitória SC): “Foi decisivo. A entrada em jogo foi muito intensa, com muito volume ofensivo. Não estávamos a deixar o Estoril Praia sair para o ataque. Estávamos com muita energia. Não procurámos a baliza adversária só na adversidade. Quisemos mandar desde o início, com volume ofensivo.
Nas três vezes em que o Estoril Praia foi à nossa baliza na primeira parte, marcou um golo. A partir dali, houve cinco a 10 minutos em que não conseguimos pressionar bem.
No cômputo geral, se não tivéssemos ganhado este jogo, seria uma frustração tremenda. Na segunda parte, conseguimos fazer os golos. Tivemos ainda três bolas aos ferros e muito volume ofensivo. A vitoria é não só justa pelos números, mas também pela qualidade e pela intensidade que tivemos.
Mesmo depois do 2-1, não queríamos baixar [as linhas]. Percebemos que temos de nos soltar. [Na primeira parte], estávamos bem, com volume ofensivo. O Alfa fez um remate fantástico à barra. Depois de tantos jogos sem ganhar, sofrer o golo foi um golpe tremendo, mas não tínhamos tempo para nos agarrarmos a injustiças. Tínhamos de nos agarrar ao jogo. Havia 45 minutos para ‘virar’ o jogo. A bola tinha de entrar.
Independentemente do calendário, todas as equipas são competentes e organizadas. Podem ganhar a qualquer adversário. O pensamento é jogo a jogo. Temos de nos focar no treino e no trabalho. Temos mais três pontos do que na primeira volta [em comparação com os mesmos jogos da primeira volta].
Olho com um sorriso para as adversidades que nos têm acontecido. Tivemos inúmeras ausências e dois jogadores que estavam exaustos e tiveram de sair. Depois, sentimos sempre conforto com os nossos adeptos. Dentro de campo temos de fazer o que fizemos hoje. Se não tivéssemos ganhado hoje, seria uma frustração imensa. Houve alma, entrega e qualidade”.
– Bruno Pinheiro (treinador do Estoril Praia): “Houve alternância no domínio. O [Vitória de] Guimarães entrou mais forte em termos de domínio de bola, mas o Estoril Praia não se preocupou com a quantidade de bola, mas som com a qualidade com que jogou.
Fizemos um belíssimo jogo. Não tendo rematado mais do que o adversário, rematámos em melhores condições do que o adversário. O Vitória marcou mais golos. Para além de achar que o resultado foi desnivelado, não merecíamos sair daqui derrotados.
Não estou preocupado [relativamente à série de cinco jogos sem vencer], porque que quem joga assim só pode estar de consciência tranquila. É desconfortável não pontuar. Não sei se a falta de pontos nos últimos jogos nos condicionou. Neste jogo, tínhamos a obrigação de assumir mais o jogo com bola no início da segunda parte. A vontade era ganhar três pontos. No final, a equipa assumiu-se. Não jogámos mais do que o Vitória, mas tivemos mais critério com bola.
Quanto à intranquilidade dos resultados, não há vitórias morais. Não estamos habituados a tantos jogos sem ganhar, nesta época e na época passada. Esta situação deixa-nos desconfortáveis, mas estamos tranquilos com a nossa qualidade de jogo”.