Congressos, desfiles e até ‘sunset’ são algumas das novas apostas que a fundação que gere o navio Gil Eannes, ancorado em Viana do Castelo, quer explorar, 18 anos depois de ter sido resgatado da sucata e transformado em museu.
“O Gil Eannes e já uma marca que se começa a afirmar a nível nacional e internacional. Queremos consolidá-la e alarga-la a novos segmentos, sejam eventos moda ou outros”, explicou o presidente da fundação, José Maria Costa, citado hoje em comunicado.
A estreia do navio construído há 60 anos nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) no mundo da moda vai acontecer, no sábado, às 19:00 quando for palco da iniciativa “Gil Eannes Fashion Event” ” para pretende mostrar às empresas e operadores turísticos e culturais o seu potencial para receber eventos, enquanto novo espaço na cidade”.
A ação promocional dirigida a operadores turísticos e culturais do país, integra uma encenação teatral, sobre as tradições da ribeira, interpretada pelos seus moradores naquela zona da cidade e alguns pescadores que estiveram a bordo do navio-hospital, que levava o correio e alimentação aos pescadores de bacalhau na Terra Nova e Gronelândia.
A iniciativa inclui um desfile de moda na proa do navio para lançar a coleção de ´merchandising’ inspirada nas camisas e, na pesca à linha nos Dóris e no bacalhau.
“O Gil Eannes é um mundo a descobrir, cheio de beleza e de caráter que se pode afirmar como um espaço único para eventos de empresas, espaço de apresentação de moda, para receções é até cenário de filmes, como já o foi, ou para fotografias”, afirmou José Maria Costa, que é também presidente da Câmara de Viana do Castelo.
Construído em 1955 nos ENVC e resgatado da sucata em 1998, altura em que reabriu portas após obras de reabilitação como museu, o navio Gil Eannes está ancorado na doca de Viana do Castelo, em pleno centro da cidade e já recebeu mais de 700 mil visitantes.
Segundo números da fundação Gil Eannes o navio “registou um aumento de 139% do número de visitantes estrangeiros, duplicando o número de visitantes espanhóis e ingleses e triplicando o número de franceses”.
Desde o início do ano o museu passou a integrar novos espaços reabilitados, como o bloco operatório, a sala de esterilização, a sala de desinfeção, o laboratório de análise, o raio-X de emergência e ainda duas enfermarias.
A intervenção contou com o apoio de várias empresas, entre elas, a Douro Azul de Mário Ferreira, os estaleiros da WestSea, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), a Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM) e a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
Além do museu, desde 2014 o navio passou a ser também sede do Centro de Mar, num investimento de 550 mil euros. O novo espaço integra áreas temáticas dedicadas à sustentabilidade dos oceanos, à proteção das espécies e sensibilização para a proteção do mar.
Em maio passado a embarcação foi homenageada ao receber uma peça de teatro, intitulada “Anjo Branco”, do Centro Dramático de Viana, que destacou o papel histórico que desempenhou no apoio aos pescadores portugueses.
“Queremos dar a conhecer o Gil Eannes como navio museu, mas também com um enorme potencial cénico para eventos e ações promocionais diversas”, defendeu José Maria Costa.
Já em 2008 o navio foi o cenário principal da longa-metragem “O Assalto ao Santa Maria”, da produtora Take 2000. O filme tem como realizador Francisco Manso e o argumento é assinado por Vicente Alves do Ó e João Nunes.
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