O presidente do Chega, André Ventura, e dois outros deputados daquele partido, Filipe Melo (eleito pelo Círculo Eleitoral de Braga) e Rui Paulo Sousa, estão a ser julgados em Braga, durante a manhã desta sexta-feira, por causa do jantar-comício, em Braga, durante a pandemia de covid-19, na campanha eleitoral das presidenciais de 2021.
Os três deputados, que à entrada do Palácio da Justiça de Braga não prestaram declarações aos jornalistas, decidiram falar em julgamento, explicando as versões dos factos à juíza, ao procurador do Ministério Público e aos advogados de defesa.
Filipe Melo e Rui Paulo Sousa já falaram garantindo ambos que cumpriram todas as formalidades legais para realizarem o jantar-comício, incluído no regime de exceção para atividades políticas da campanha das eleições presidenciais de 2021.
Entretanto, André Ventura, também já depôs, afirmando: “Se alguém falhou não fomos nós, foi o Estado Português ao não ter informado devidamente um candidato presidencial”.
André Ventura afirmou que “naquela ocasião realizaram-se muitos eventos políticos”, por serem feitos “no regime de exceção do período da covid-19”, mas, pela parte da sua candidatura, garante: “Nunca tivemos a consciência de estarmos a cometer qualquer ilegalidade e muito menos um crime de desobediência”.
“Nunca nos passou pela cabeça estarmos a não cumprir a lei, já que das autoridades de saúde nunca nos foi dada qualquer indicação em contrário”, disse várias vezes o presidente do Chega.
Todos os deputados estão acusados do crime de desobediência, ao realizar, em 17 de janeiro de 2021, um jantar-comício para as eleições presidenciais de 2021, num local de eventos, o Solar do Paço, numa freguesia de Braga, em Tebosa.
Notícia atualizada às 12h10 com depoimento de André Ventura.