A Polícia Judiciária (PJ) de Braga deteve ontem dois suspeitos, de 30 e 38 anos, de terem sequestrado, roubado e espancado um motorista, em Guimarães, para vingar um alegado furto na casa da mãe de um amigo de ambos, de 27 anos, que já tinha sido detido em abril.
Em comunicado, a PJ refere que os suspeitos, com antecedentes criminais e residentes em Guimarães, foram detidos fora de flagrante delito e estão indiciados dos crimes de sequestro, roubo qualificado, ofensa à integridade física qualificada e coação.
“Após ter sido dado cumprimento, no passado dia 18/04/2023, a Mandado de Detenção fora de flagrante delito emitido pela autoridade judiciária, que visou um dos autores dos ilícitos, no desenvolvimento de diligências entretanto empreendidas, logrou-se a cabal identificação de dois outros presumíveis coautores dos mesmos factos, que atuaram em comunhão de esforços”, refere o comunicado.
Principal arguido detido em abril
Como O MINHO noticiou na altura, o principal suspeito, de 27 anos, que elaborou o plano de vingança e arregimentou os outros, foi detido em abril pela PJ.
É suspeito de, em conjunto com outros indivíduos, ter sequestrado, espancado e roubado um homem, vizinho da sua mãe, por suspeitar que aquele teria sido o autor de um furto de ouro e dinheiro na casa dela, em Guimarães.
Os factos ocorreram no passado dia 30 de dezembro de 2022, em Guimarães.
Vítima era vizinho da mãe do agressor
Ao que O MINHO apurou, a vítima, um homem de 50 anos, era vizinho da mãe do agressor. O agora detido convenceu-se que tinha sido o vizinho a furtar ouro e dinheiro, em quantias avultadas, da casa da sua mãe.
A vítima, de 50 anos, motorista de transportes de mercadorias, foi atraída “por razões de trabalho”, a pretexto de um pretenso serviço, “por interposta pessoa para sítio ermo, sito nos arredores da cidade”, de Guimarães.
“Ali chegado, foi surpreendido pelo agora detido que, com o auxílio de outros indivíduos e socorrendo-se de arma branca, o forçaram a entrar numa viatura, privando-o de liberdade. Nestas circunstâncias, foi a vítima transportada para local próximo e, em espaço florestal, foi agredida com violência e espoliada do dinheiro que possuía”, refere comunicado.
Saiu em liberdade
Após as ofensas à integridade física, os indivíduos abandonaram a vítima, que, com evidentes marcas de agressão e em estado de pânico, acabou por solicitar auxílio a terceiros.
Presente no Tribunal de Guimarães, o principal arguido saiu em liberdade com obrigatoriedade de apresentações periódicas nas autoridades e proibido de contactar os envolvidos no processo.
Os agora detidos serão hoje levados ao Tribunal de Guimarães para aplicação das medidas de coação.